Com o circuito ATP suspenso e o ténis numa fase inicial de retoma, Pedro Sousa ‘convidou’ os jogadores da escola de ténis e do Club Internacional de Foot-Ball (CIF) para treinos em conjunto, mas uma lesão interrompeu a iniciativa.

O profissional português, 110.º colocado no ‘ranking’ ATP, lançou o desafio nas redes sociais com o intuito de ajudar no regresso dos alunos à escola de ténis, pertença dos pais, e dos membros do CIF aos ‘courts’, após o encerramento das instalações devido à pandemia da covid-19.

“Sabia que a escola de ténis e o CIF estavam a passar por algumas dificuldades, porque estiveram fechados durante algum tempo. Como estavam a reabrir, e algumas pessoas estavam com receio de voltar ao clube, a minha ideia foi tentar ajudar a escola a voltar a ter os alunos, mostrando que é seguro jogar ténis, desde que se tenham as devidas precauções”, começa por explicar Pedro Sousa.

A iniciativa, segundo acrescenta o número dois nacional, passava por “proporcionar uma experiência nem sempre possível, que é jogar com um jogador com um nível um bocadinho superior ao que estão habituados.”

“Achei que podia ser interessante para alguns jogadores, por ser um tipo de jogo diferente e com um profissional, que tem um nível superior e um peso de bola distinto. Esse era o objetivo principal: proporcionar uma experiência diferente e mostrar que é seguro jogar ténis, nestes tempos difíceis”, defende.

A adesão ao desafio superou as expectativas de Pedro Sousa que, um dia após publicar a iniciativa nas redes sociais, foi obrigado a encerrar as inscrições, devido ao elevado número de interessados e por temer não ter capacidade de resposta.

“Como sou jogador profissional e não treinador, estes jogos estavam previstos acontecer numa hora vaga entre os meus treinos bidiários e a sessão de físico. Tinha uma série de pessoas marcadas e já tinha feito dois jogos, mas infelizmente lesionei-me ontem [terça-feira] no gémeo da perna esquerda e vou ter de parar”, revela, confessando ainda não saber o tempo de paragem.

Apesar de lamentar a mazela, que será avaliada no final da semana com a concretização de exames médicos, Pedro Sousa garante ter conseguido, ainda assim, cumprir parte do objetivo inicial a que se propôs.

“Cheguei a dar duas aulas e foi muito positivo. E um dos treinos correspondeu mesmo àquilo que pretendia, porque o jogador tinha sido operado ao tendão de Aquiles e desde novembro que não fazia nada. Foi a oportunidade perfeita para o motivar a sair de casa e voltar a jogar ténis”, conta.

Além de assegurar que os treinos correram bastante bem, o lisboeta, de 31 anos, diz pretender manter o plano inicial de fazer uma doação à Academia dos Champs (AdC), uma instituição que trabalha com crianças e jovens em vulnerabilidade social, através da prática do ténis, que foi “assaltada não há muito tempo”.

“Como o objetivo era retribuir um pouco a ajuda da escola de ténis dos meus pais e do CIF ao longo da minha carreira, permitindo-me chegar onde cheguei, resolvemos doar o dinheiro da iniciativa à AdC, uma instituição de solidariedade que nos é bastante próxima e tentamos ajudar sempre que podemos. Estabeleci contacto com a AdC para saber se precisavam de alguma coisa [material] e se aceitavam o desafio e a resposta foi logo positiva. Infelizmente, não foi possível concluir o projeto, mas pode ser que as duas aulas deem para alguma coisa", conclui.

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