O sérvio Novak Djokovic, número um do ténis mundial, foi hoje de novo detido pelas autoridades australianas, enquanto aguarda uma decisão judicial, depois de o governo local ter cancelado pela segunda vez o visto de entrada no país.

O tenista sérvio deverá passar o próximo dia num centro de detenção para imigrantes, até à audiência decisiva no Tribunal Federal da Austrália, que está marcada para as 9 horas de domingo (22 horas de sábado em Portugal). Até lá, o atleta poderá preparar a sua defesa em conjunto com a equipa de advogados.

Recorde-se que as autoridades da Austrália aceitaram suspender a deportação de Novak Djokovic, até que a justiça decida sobre o cancelamento do visto de entrada do tenista sérvio no país, após nova revogação do seu visto, mas informaram logo na sexta-feira que o tenista teria de aguardar pela decisão sob detenção.

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Djokovic chegou a Melbourne a 05 de janeiro com uma isenção médica que lhe permitiria jogar no Open da Austrália, primeiro ‘major’ de 2022, sem ser vacinado contra a covid-19, mas o visto foi posteriormente cancelado pelas autoridades alfandegárias.

O sérvio ficou detido até uma decisão judicial na segunda-feira ordenar a sua libertação - emitida pelo mesmo juiz que hoje promoveu a audiência -, mas o Governo australiano voltou a cancelar o visto.

A decisão foi tomada "por razões de saúde e ordem pública", disse o ministro, em comunicado.

Djokovic, que pretendia atingir o recorde de 21 títulos em torneios de ‘Grand Slam’, caso ganhasse o Open da Austrália, admitiu esta semana ter prestado falsas declarações à entrada da Austrália.

Para além de erros e inconsistências na declaração de Djokovic para entrar na Austrália, soma-se a violação das diretrizes de isolamento face à pandemia de covid-19 na Sérvia.

Djokovic tinha declarado que não tinha viajado nos 14 dias anteriores, mas na realidade tinha viajado da Sérvia para Espanha, enquanto no seu país natal deu uma entrevista a um meio de comunicação social francês sabendo que testara positivo ao coronavírus.