O tenista sérvio Novak Djokovic, número três mundial, começou a perder, mas, com uma exibição consistente, venceu na final de Wimbledon o australiano Nick Kyrgios, para somar a sétima conquista na relva londrina e os 21 ‘Grand Slams’.

Com o favoritismo do seu lado, o sérvio confirmou a superioridade ao fim de três horas, impondo-se por 4-6, 6-3, 6-4 e 7-6 (7-3), diante do 40.º jogador mundial, que nunca tinha sequer atingido as meias-finais de um dos ‘majors’.

As melhores imagens da final masculina de Wimbledon

Em oito finais disputadas na relva londrina, apenas por uma vez o sérvio não venceu, quando foi surpreendido pelo anfitrião Andy Murray, em 2013.

Este desfecho possibilitou ao jogador de 35 anos deixar o suíço Roger Federer para trás, no que diz respeito a títulos do ‘Grand Slam’, ficando a apenas um ‘major’ de atingir a marca do espanhol Rafael Nadal.

Djokovic igualou ainda Pete Sampras com sete títulos em Wimbledon, para ficar somente a um do recorde de singulares masculinos, na posse de Federer.

Na relva do All England Club, ‘Nole’ cedeu por uma única vez no seu jogo de serviço, quando o resultado no primeiro ‘set’ estava fixado em 2-2, quebra que se revelou crucial, uma vez que não mais recuperou da desvantagem, com Kyrgios a saber controlar os momentos do parcial até ao fim.

O australiano, que não precisou de jogar as meias-finais, beneficiando da desistência do lesionado Rafael Nadal, viu o sérvio atingir o nível que lhe é reconhecido na superfície de relva no segundo ‘set’: fez o ‘break’ no quarto jogo, para passar a liderar por 3-1 e gerir o parcial do ‘empate’.

Kyrgios iniciou o terceiro ‘set’ a servir e teve logo de salvar dois pontos de ‘break’, algo que já não se mostrou capaz de fazer quando o marcador registava 4-4, permitindo a ‘Djoko’ conseguir um importante ‘break’ e embalar para o triunfo.

O quarto parcial, sem ‘breaks’, foi o mais equilibrado de todos e só ficou decidido no ‘tie-break’, no qual nem a frescura física que Kyrgios trazia por ter sido ‘poupado’ nas meias-finais proporcionou algo tipo de vantagem, já que no ‘combate’ de longas trocas de bolas foi quase sempre ‘Djoko’ a levar vantagem sobre o australiano, que se mostrava superior apenas no momento de servir, disparando um total de 30 ases, o dobro dos do sérvio.

Numa temporada em que acabou por ser deportado da Austrália na véspera do primeiro ‘major’ da temporada, no início do ano, por não estar vacinado contra a covid-19, e falhada a tentativa a defender o título Roland Garros, Djokovic não escondeu a emoção, mas também dirigiu palavras de "consolo" ao adversário.

"Nick, tu vais voltar. Sei que não é fácil ouvir palavras de consolo depois de perder uma final, mas tu mostraste porque mereces estar entre os melhores do mundo. Eu respeito-te muito, tens muito talento”, elogiou o sérvio, após a entrega dos troféus no ‘court’.

A relação entre Novak e Kyrgios nem sempre foi a melhor, com o sete vezes campeão de Wimbledon a admitir que “nunca” pensou dizer algo de bom sobre o australiano.

"É oficialmente um ‘bromance’ [amor de irmãos]. Espero que este seja o início de uma bela amizade”, desejou.

Depois, confessou estar “sem palavras” para dizer o que Wimbledon significa para si, contando que foi graças a Pete Sampras que ficou com “vontade de jogar” em Londres, pedindo, por isso, aos pais que lhe comprassem uma raquete.

Por sua vez, Kyrgios admitiu ter vivido as “duas melhores semanas da carreira”, pelo que espera voltar “novamente" a uma final no All England Club.

“Estou tão exausto. Eu e a minha equipa estamos todos exaustos. Estou muito feliz com este resultado e talvez um dia volte”, transmitiu.

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