As jogadoras da seleção portuguesa de ténis de mesa estão “tristes”, após a derrota de hoje com a Hungria (3-1), que apurou as húngaras para Tóquio2020, mas vão lutar para vencer a repescagem e conseguir qualificar-se dessa forma.

“Hoje [as portuguesas], jogaram muito bem e nós também, tentámos tudo. Hoje tivemos pouca sorte, amanhã podíamos ter tido mais. Não conseguimos, mas vamos tentar”, atirou a treinadora, Xie Juan.

Segundo a técnica, as jogadoras estão “tristes, porque havia uma oportunidade” de conseguir desde logo o apuramento, mas Fu Yu, Jieni Shao e Xue Luo têm “de ter cabeça forte” para o próximo desafio, o torneio de repescagem.

Aí, o que se poderá começar a fazer sentir é o peso de “muitos jogos”, com Fu Yu, em particular, a sentir “o peso de ter de ganhar duas vezes” e a responsabilidade de ser a mais cotada das atletas lusas, em 41.º lugar do 'ranking' e já apurada para o torneio individual de Tóquio2020.

“A Fu está muito triste, porque sente-se responsável, tem sempre de jogar dois jogos. Quem joga contra ela, nunca tem nada a perder e joga com muita vontade, e ela sente o peso nas costas”, comentou Xie Juan.

Fu Yu perdeu hoje o segundo jogo por 3-1, frente a Dora Madarasz, já depois de Jieni Shao e Xue Luo terem perdido o primeiro encontro, de pares, pelo mesmo resultado.

Shao venceu Szandra Pergel por 3-1 no terceiro jogo e deu esperança às lusas, mas Madarasz bateu Xue Luo por 3-2 e apurou a Hungria, colocando Portugal à espera da configuração do torneio de repescagem, em que vai continuar a procurar um inédito apuramento olímpico para o concurso por equipas.

O torneio de qualificação olímpica por equipas no ténis de mesa prosseguiu hoje no Multiusos de Gondomar, no distrito do Porto, e decorre até domingo, com a participação das seleções portuguesas masculina e feminina.

Além de qualificar nove equipas, oito da primeira fase, em cada género, e mais uma por repescagem, atribui igualmente uma quota de dois atletas para o concurso individual.