Após seis semanas sem treinar na água, o surfista Frederico ‘Kikas’ Morais foi hoje de madrugada para a praia do Guincho, em Cascais, para aproveitar ao máximo o regresso aos treinos e recuperar a forma.

“Acordei às 05:45, fui para a praia do Guincho, tentei antecipar-me a toda a gente e surfar o maior tempo possível”, contou à agência Lusa o surfista que integra o circuito mundial e que regressou hoje aos treinos no mar.

O Governo definiu na quinta-feira, no plano de desconfinamento da pandemia de covid-19, que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputados, permitindo também desportos individuais ao ar livre.

Desde 24 de março sem treinar na água, Frederico ‘Kikas’ Morais confessou que “só o poder molhar a cabeça já soube bem”.

Apesar de estar longe do ritmo desejado, algo que considera “normal após tantos dias sem ir à água”, Frederico Morais espera agora recuperar a forma.

“Agora é preciso construir a forma, mas já foi bom regressar ao mar e mal posso esperar para continuar o regresso aos treinos”, sublinhou.

Satisfeito pelo regresso à água, o surfista profissional lembrou que pratica uma modalidade que tem de ser realizada na água para se conseguir evoluir e estar em forma.

“Por mais que treine em casa, o surf tem de ser praticado no mar”, vincou.

Frederico Morais quer agora “surfar todos os dias” e recuperar o tempo perdido, sempre “respeitando as normas”.

Apesar da afluência à praia do Guincho, em Cascais, no distrito de Lisboa, de mais surfistas no primeiro dia do regresso à prática de desportos ao ar livre no âmbito do plano de desconfinamento da pandemia de covid-19, o surfista considera que “todos vão respeitar as regras”.

“Acho que toda a gente vai respeitar as regras e ter bom senso”, destacou.

‘Kikas’ ainda não tem qualquer informação quanto ao regresso das competições e prefere agora concentrar-se “no regresso à água” e esperar “a evolução positiva da situação”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.063 pessoas das 25.524 confirmadas como infetadas, e há 1.712 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.