O surfista português Frederico Morais disse hoje à agência Lusa que a vitória no Hawaiian Pro, que o apurou para a Liga Mundial de Surf (WSL) em 2020, foi “a bonança”, após a ‘tempestade’ no início do ano.

À entrada para 2019, o surfista luso tinha saído do topo do surf mundial, sofrendo depois uma lesão que o continuou a ‘ameaçar’, mas a vitória no torneio do Havai, com 10.000 pontos de qualificação para a WSL, segue-se à qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020 e a duas outras vitórias em torneios.

‘Kikas’ recordou o “início de ano muito complicado, com a saída da Liga Mundial, a lesão e toda a recuperação”, revelando que nesse período “andava triste e com uma angústia enorme”.

“Senti que foi um gigante passo atrás sair da Liga Mundial e esse era o meu sonho de criança, para o qual sempre trabalhei. Quando saí, o meu mundo desabou. A verdade é que, como sempre me disse a minha família, não interessa como caímos, mas como nos levantamos, e a partir daí foi um ano de muita dedicação e trabalho e acredito que é a receita para o sucesso”, explicou.

Frederico Morais lembrou as três vitórias no circuito de qualificação, o apuramento olímpico e o regresso à ‘elite’ do surf mundial como a prova de que o fim de 2019, em contraponto com o arranque, foi “superespecial e só mostra que o trabalho é a receita para tudo”.

“Há momentos bons e outros menos bons, mas temos de ter a força para aguentar, ultrapassar, aprender. A bonança há de chegar. E foi o que aconteceu”, atirou.

Depois do “pior momento da carreira”, com a despromoção e a lesão, voltou às alegrias e “a ter o maior orgulho em representar Portugal”, até porque a carreira tem como objetivo deixar “um legado” para os mais novos.

“Ao fim do dia, o que eu quero é inspirar novas gerações e passar esta mensagem, esta força positiva, de trabalhar e acreditar. (...) É para isso que estou a competir e para tentar levar Portugal o mais longe possível. Temos grandes atletas em que me inspiro e espero ser um deles um dia”, comentou.

'Kikas' garantiu o primeiro lugar na final disputada na praia de Haleiwa, com 12,77 pontos, requalificando-se para a elite mundial do surf em 2020, onde já competiu em 2017 e 2018.

O surfista do Guincho tornou-se no primeiro atleta português a vencer esta prova no Havai, depois de já ter atingido a final em 2016 (ficou em segundo, atrás do havaiano e bicampeão do mundo John John Florence)

Frederico Morais, que chegou ao Havai na sexta posição do circuito de qualificação, precisava de atingir pelo menos o terceiro lugar na final do Hawaian Pro para garantir matematicamente a qualificação para o circuito principal, segundo as contas oficiais da WSL.

'Kikas' vai, assim, viver um ano de 2020 de grandes marcas, já que, além de voltar a competir no circuito mundial, vai disputar os Jogos Olímpicos Tóquio2020, depois de ter garantido a vaga concedida ao melhor surfista europeu em setembro, nos Mundiais de surf, em Miyazaki (Japão), representando Portugal numa modalidade em estreia no programa olímpico.

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