O jogo frente à Itália, no sábado, é uma oportunidade para “mudar a atitude” que a seleção portuguesa de râguebi apresentou no último jogo, com a Espanha, apontou hoje e selecionador de Portugal, Patrice Lagisquet.

Portugal foi derrotado pelos ‘leones’ (33-28) no último encontro de qualificação para o Mundial e o treinador francês dos ‘lobos’ admitiu, em declarações à agência Lusa, que não ficou satisfeito com a atitude da equipa no encontro que a deixou, na altura, fora da corrida ao França2023.

“Temos de mudar a nossa atitude. Mostrámos alguma fraqueza na atitude mental nos dois jogos cruciais do apuramento, frente à Roménia e à Espanha, e agora temos três jogos para mostrar que somos capazes de melhorar esta mentalidade”, disse Lagisquet, apontando também aos próximos desafios, frente aos Argentina Jaguares e à Geórgia.

É que, após esse encontro com os ‘leones’, a Espanha acabou por ser afastada do Mundial devido à utilização irregular de um jogador em dois jogos do apuramento e Portugal ganhou, por isso, o direito a disputar o torneio final de repescagem, em novembro.

Por isso, os próximos encontros serão importantes, acima de tudo, para aumentar a consistência da equipa em fases decisivas do jogo, como os alinhamentos e as formações espontâneas no solo.

“É a melhor preparação que vamos ter para o Dubai. O importante é mostrar progressos e manter um bom nível nos alinhamentos e nos ‘scrums’. Algumas vezes conseguimos estar bem nessas fases, mas temos de manter um bom nível de forma constante”, apontou o treinador.

Outro desafio para Lagisquet será, também, apresentar uma equipa homogénea em termos físicos, uma vez que “alguns jogadores terminaram a época agora, outros terminaram há quatro ou cinco semanas”.

Do que o ‘Express de Bayonne’ não tem dúvidas é da exigência do desafio frente aos transalpinos, mas revelou-se confiante de que Portugal pode voltar a conseguir um bom desempenho, tal como o fez contra o Japão, em novembro.

“São equipas habituadas a jogar sempre contra as melhores do mundo e estão habituadas a um ritmo muito forte. Temos de jogar ao mesmo ritmo. Contra o Japão mostrámos que podemos competir contra elas e contra a Itália temos de mostrar a mesma atitude. Nestes jogos só temos de mostrar o nosso melhor potencial”, atirou Lagisquet.

Por sua vez, também o ‘capitão’ dos ‘lobos’, Tomás Appleton, frisou que o encontro com a Itália chega na altura certa para deixar definitivamente para trás das costas as prestações menos conseguidas dos últimos desafios.

“Sabemos bem o ‘abanão’ que levámos com a Espanha, se calhar até mais atrás, com a Roménia. De repente, temos uma nova oportunidade e este jogo não podia vir em melhor altura. É ótimo para mostrarmos o potencial que temos em Portugal e onde queremos estar”, disse o centro da seleção portuguesa.

As seleções de râguebi de Portugal e Itália defrontam-se no sábado, no Estádio do Restelo (17:00), pela primeira vez desde 19 de setembro de 2007, data em que Portugal perdeu por 31-5, em Paris, em encontro da 3.ª jornada do Grupo C do Mundial de França.

As duas seleções têm um histórico de 12 confrontos oficiais, nos quais a seleção portuguesa conseguiu apenas uma vitória, por 9-6, em março de 1973, num encontro disputado em Coimbra, e um inusitado empate 0-0, em Pádua, em fevereiro do ano anterior.

De resto, Portugal perdeu todos os restantes encontros frente aos 'azzurri', incluindo um desaire por 83-0 em L'Áquila, menos de um ano antes de as duas seleções se defrontarem no França2007 e que constitui uma das derrotas mais pesadas de sempre dos 'lobos'.

O encontro de sábado tem ainda a particularidade de ser o primeiro na história do râguebi masculino a ser dirigido por uma equipa de arbitragem totalmente composta por mulheres e liderada pela escocesa Hollie Davidson.

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