Alexis Santos manifestou-se hoje realizado por ter concretizado o sonho de participar nos Jogos Olímpicos Rio2016, numa modalidade que “consegue ser injusta e tão competitiva”.

Bastante emocionado durante o discurso na cerimónia de homenagem, que decorreu no Comité Olímpico de Portugal (COP), em Lisboa, com a presença de amigos e familiares, o olímpico no Rio2016 e em Tóquio2020 recordou o percurso na natação e enalteceu o ponto alto na carreira.

“Desde uma idade muito nova que nós víamos na televisão os Jogos Olímpicos. Na altura, de alguma maneira, era mesmo um sonho, nem sequer era um objetivo. Via uns a nadar, outros a correr e pensei que era difícil. Mas quão difícil é? Quais são os próximos passos? Sempre preferi não pensar a longo prazo e desde uma idade muito nova que esses passos foram mais fáceis com o meu treinador, que me fez olhar e pensar mais longe”, começou por dizer.

O nadador do Sporting acabaria por ver o esforço recompensado, ou seja, o concretizar do sonho de participar nos Jogos Olímpicos Rio2016.

“Como é que iria tentar chegar a Londres2012? Não cheguei, mas quatro anos mais tarde fui a Londres conquistar a medalha [de bronze nos 200 estilos dos Europeus de 2016] tão importante, no mesmo ano que realizei o sonho de ir aos Jogos Olímpicos [no Rio de Janeiro]”, lembrou.

Por fim, mostrou-se orgulhoso do seu trajeto na natação, uma “modalidade tão bonita, mas que "consegue ser injusta e tão competitiva”.

“Quero agradecer aos meus pais, obviamente. Sinto que, de alguma maneira, consegui [vingar] numa modalidade tão bonita, mas que consegue ser injusta e tão competitiva, sentindo sempre que é pouco. Uma meia-final é pouco, um 12.º lugar é pouco, depois queres o sétimo {lugar], que é pouco, e depois queres a medalha”, concluiu.

Por sua vez, o presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, dirigiu-se ao atleta, que cumpriu no passado dia 23 de março 31 anos, para relembrar a “carreira de sucesso” e agradecer tudo que fez por Portugal.

“Agradecer os serviços que prestaste à natação, ao desporto nacional e ao movimento olímpico. Foi uma carreira de sucesso, numa modalidade extremamente difícil, muito competitiva, em que os resultados internacionais não são comparáveis com os de outras modalidades. O que conseguiste foi de muito valor e de muito mérito. Estamos muito gratos por tudo que deste ao país”, expressou.

Depois, falou no trabalho crucial do treinador de Alexis: “Não há grandes resultados no alto rendimento sem um grande treinador, que, por vezes, passa mais horas com o atleta do que os próprios pais. O Carlos deve estar reconhecido pelo seu trabalho”.

O atleta conquistou o bronze nos 200 estilos dos Europeus de 2016, em Londres, pondo então termo a um ‘jejum’ de medalhas conquistadas em Europeus de natação em piscina longa para Portugal de 31 anos, desde a prata de Alexandre Yokochi, nos 200 bruços, em Sofia1985.

Alexis Santos é ainda detentor dos recordes nacionais de 50 metros costas (25,28 segundos), 200 estilos (01.58,19 minutos), 400 estilos (04.15,84) e das estafetas 4x200 livres e 4x50 estilos.

Portugal voltou a subir ao pódio em Campeonatos da Europa em três ocasiões, todas de bronze e em Roma2022, por Diogo Ribeiro, nos 50 mariposa, Gabriel Lopes, nos 200 estilos, e Angélica André, nos 10 km em águas abertas.

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