O piloto português Miguel Oliveira (KTM) terminou hoje a segunda temporada em MotoGP na nona posição, com 125 pontos, quase quatro vezes mais do que na época de estreia, mas com a "sensação de que podia ter feito mais".

Num campeonato atípico e com menos seis corridas do que o previsto (14 em vez de 20) devido à pandemia do novo coronavírus, Miguel Oliveira somou 125 pontos contra os 33 de 2019, época em que falhou as duas últimas corridas devido a lesão, não pontuando num total de nove corridas.

O piloto da Tech3 chegou a esta temporada com um oitavo lugar como melhor classificação, lugar que repetiu logo na prova de abertura, em Jerez de la Frontera (Espanha), naquele que seria um dos piores resultados da época.

Em 2020, o português não pontuou por quatro vezes, três delas por queda (Andaluzia, Áustria e Catalunha, sendo que nas duas primeiras foi abalroado por adversários).

O GP de Aragão foi a única em que terminou fora dos pontos (16.º lugar), sendo, a par do 11.º na Riviera de Rimini, as duas únicas provas que concluiu fora dos 10 primeiros lugares.

Num campeonato atípico, com nove vencedores diferentes em 14 corridas, o campeão Joan Mir (Suzuki) venceu apenas uma jornada (Valência), somando 171 pontos, que em 2019 tinham dado direito apenas ao oitavo lugar.

No ano passado, o campeão Marc Márquez (Honda), que este ano sofreu uma queda na prova de abertura e ficou afastado do resto do campeonato, somou 12 vitórias e 420 pontos.

Esta temporada, Miguel Oliveira somou quatro sextos lugares, dois quintos, duas vitórias, um oitavo, um 11.º e um 16.º, terminando a apenas 14 pontos do terceiro classificado, o espanhol Alex Rins (Suzuki), que fez 139.

Se tivesse concluído as duas corridas em que foi abalroado (numa delas qualificou-se na quinta posição) em, por exemplo, sexto lugar, a posição em que terminou mais vezes esta época, tinha somado mais 20 pontos, garantindo a terceira posição do campeonato.

"Não sei o que poderia ter acontecido. Sei que fiquei a 14 pontos de terceiro classificado. Agora é fácil olhar para trás e dizer o que poderia ter sido se isto ou se aquilo. Mas temos de ficar com o melhor de todas as corridas e tentar melhorar", frisou, em resposta à Agência Lusa.

Para 2021, ano em que o desenvolvimento das motas ficou congelado, Miguel Oliveira mostra-se "otimista".

"Não sei qual será um objetivo realista em termos de classificação, mas terei uma nova aventura em mãos, numa nova equipa, e talvez possa lutar mais por pódios", sublinhou.

Ainda assim, fazendo a retrospetiva do campeonato de 2020, fica a sensação de que podia ter feito "algo mais".

"Terminar o ano com duas vitórias é bom. O [espanhol] Pol [Espargaró, da KTM oficial] conseguiu mais pódios em corridas difíceis, em que terminei perto mas não o suficiente para estar no pódio. Faz-me pensar que talvez pudéssemos ter feito um pouco melhor", disse.

Miguel Oliveira revelou ainda que no início da época, como "vinha de uma lesão", procurou "fazer quilómetros e acumular experiência". "Ver, a cada corrida, o que podia melhorar”, acrescentou.

A próxima temporada tem já delineado um calendário de 20 corridas, sendo que a evolução da pandemia pode colocar a realização de algumas delas em risco, sobretudo no continente americano, devido às viagens necessárias.

Por isso, o presidente da Federação Internacional de Motociclismo acredita que Portugal, que tem Portimão como circuito de reserva, pode voltar a acolher um GP.

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