O português Miguel Oliveira mostrou-se hoje "contente por ter Portugal no calendário" do Mundial de MotoGP "mais uma vez", numa conferência de imprensa virtual de apresentação das novas cores da KTM para a temporada de 2021.

O piloto de Almada está, agora, ao serviço da equipa oficial da KTM, depois de duas épocas na equipa satélite, a francesa Tech3, com a qual conseguiu duas vitórias em 2020, na Estíria (Áustria) e em Portimão, no encerramento da temporada.

Em 2021, o circuito algarvio volta a acolher uma jornada da categoria rainha do Mundial de velocidade, mas em 18 de abril, sendo agora a terceira prova da época, primeira em solo europeu.

"Se no final da época não tinha nada a perder, no início desta não vou ter muito a perder também. Serem tão espaçadas não irá afetar a forma como olho para a corrida. Estou contente por ter Portugal no calendário mais uma vez", comentou o piloto português, na conferência de imprensa virtual de lançamento da nova temporada da KTM.

Miguel Oliveira disse ainda que "a covid-19 poderá ter um fator preponderante" na decisão do campeonato.

"Não houve vacinação massiva dentro do ‘paddock'. O efeito covid andará ainda muito no ar e baralhar as contas. Tenho de aproveitar as minhas oportunidades", frisou o português.

O piloto luso, que vai compartilhar as boxes com o sul-africano Brad Binder, terminou 2020 com uma vitória, em novembro, no Algarve, e pensa recomeçar onde parou, na primeira corrida da época, que será disputada no Qatar, em 28 de março.

"Espero manter o embalo, apesar da paragem de três meses. Era ótimo recomeçar onde acabámos na época passada, mas é apenas um desejo. A preparação foi focada em manter o meu nível físico, conseguir mais força. Fomos muito intensos no ano passado, com muitas corridas seguidas. Procurei mais ferramentas para recuperar entre corridas", explicou.

Sobre o novo companheiro de equipa, com quem já partilhou as boxes na classe de Moto3, revelou terem uma "boa relação".

"Eu e o Brad temos uma boa relação fora da mota. É honesto e limpo", garantiu, dizendo que a equipa não definiu um líder, pois isso vai "depender dos resultados, não será nada previamente acordado entre nenhuma das partes".

E, ao contrário de Binder, que considera que a atual mota se conduz como uma da classe Moto2, Miguel Oliveira explicou ter "mudado um pouco" o seu estilo de condução para se adaptar à MotoGP.

"Cada piloto tem a sua forma de entender a mota e de criar linhas para progredir", frisou.

O piloto português está consciente de que a popularidade da disciplina tem vindo a "crescer" em Portugal, o que "é bom de ver".

"Vai abrir portas a pilotos portugueses no futuro. Se não, em cinco ou seis anos só teremos pilotos espanhóis na grelha. Espero que ajude os mais novos a chegar a algum lado", disse ainda.

Miguel Oliveira terminou a edição de 2020 do Mundial de MotoGP na nona posição, com 125 pontos e duas vitórias somadas, mais uma do que o campeão, o espanhol Joan Mir (Suzuki).

Em 2021, o piloto português cumpre a terceira época na classe rainha do Mundial de velocidade, campeonato em que se estreou em 2011 na classe de 125cc.

Desde então conquistou 14 vitórias, seis na categoria de Moto3, seis na de Moto2 e duas em MotoGP.

Na temporada que arranca em 28 de março, no circuito de Losail, no Qatar, há 19 provas confirmadas, incluindo o GP de Portugal, que volta a realizar-se em Portimão, agora a 18 de abril.

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