A diretora-geral da Saúde analisou esta segunda-feira o Grande Prémio de Portugal em Fórmula 1, que decorreu este fim-de-semana no Autódromo de Portimão com a participação de 27.500 espectadores. Graças Freitas recusou a ideia de que a prova  tenha sido "catastrófica", a nível sanitário mas apelou à responsabilidade dos cidadãos para que respeitem as recomendações sanitárias.

"Nós é que temos de ter cuidado em manter a distância. Se um banco tem lá um autocolante a dizer 'não se sente aqui', era bom que não se sentassem ali. Há, aqui, uma corresponsabilidade. Nossa, enquanto cidadãos, alguma da organização [do evento] e também da DGS. De qualquer forma, não me parece que a situação tenha sido catastrófica. Não penso que dali vá surgir algum acontecimento muito dramático",  começou por dizer.

"Houve coisas que correram bem e outras que correram menos bem. No dia dos treinos, a maior parte das bancadas cumpria as regras e duas bancadas não cumpriam: alterámos as bancadas para o dia da corrida. Confiamos na fiscalização e na organização. Houve alguma discrepância entre as indicações e a capacidade de inspecionar e organizar. Na maior parte das bancadas havia distanciamento", garantiu a diretora-geral da Saúde, que lembrou ainda que o Algarve é a região de Portugal Continental com menos casos de COVID-19.

Na conferência de imprensa regular de atualização dos números da covid-19 em Portugal, Graça Freitas sublihou que houve "alguma discrepância entre as recomendações e a capacidade de organizar todas as bancadas e fiscalizar".

"Observei, de vários ângulos e diferentes formas, a distribuição do público nas bancadas e, na sua maioria, o público estava com a distância necessária e usava máscara. No entanto, são lições aprendidas para o futuro. Se calhar, nos próximos tempos, para controlar os imponderáveis, teremos de ter menos gente nos eventos", afirmou.

De resto, considerou que existe uma "corresponsabilidade" de várias partes para o bom funcionamento dos eventos, a começar pelos próprios cidadãos.

Por outro lado, a diretora-geral da Saúde referiu que "desde o início desta epidemia, o Algarve tem sido uma região muito pouco afetada" e salientou que o autódromo de Portimão tem condições de segurança e de acesso "que impedem encontros grandes entre pessoas".

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 2.343 pessoas dos 121.133 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

*Artigo atualizado

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