Pedidos de boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, devido a violações dos Direitos Humanos de minorias étnicas, estão "fadados ao fracasso", disse hoje um porta-voz do Governo chinês.

Guo Weimin denunciou ainda as acusações de que Pequim visa beneficiar diplomaticamente do fornecimento de vacinas para a covid-19, defendendo que a China está apenas a tentar cumprir as suas obrigações internacionais.

Guo é o porta-voz da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, o órgão consultivo oficial da Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão máximo legislativo da China.

As sessões anuais de ambos os órgãos arrancam esta semana.

A transmissão local de covid-19 foi praticamente eliminada na China, onde os primeiros casos foram detetados, na cidade central de Wuhan, no final de 2019.

Pequim é a única cidade que conseguiu sediar os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno, aprimorando ainda mais as credenciais do Partido Comunista na organização de eventos internacionais.

No entanto, advogados, políticos e ativistas internacionais têm pressionado patrocinadores, federações desportivas, governos e atletas para boicotarem o que designam de "Jogos do Genocídio", numa referência aos abusos dos direitos humanos contra uigures muçulmanos, tibetanos e outras minorias étnicas na China.

Parlamentos como o do Canadá ou o da Holanda aprovaram moções a designar como genocídio a campanha de doutrinamento e assimilação étnica de um milhão de uigures, no extremo oeste da China, e pediram que a comissão olímpica remova os Jogos de Pequim.

Guo disse que a campanha é insignificante.

"Alguns políticos estrangeiros politizaram o desporto numa tentativa de perturbar e sabotar os preparativos e a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim e pediram um boicote", disse Guo, em conferência de imprensa.

"Estes atos violam o espírito olímpico. Acreditamos que estas ações não terão o apoio da comunidade internacional e estão fadadas ao fracasso", disse.

O Partido Comunista, partido único do poder na China, reprimiu implacavelmente os oponentes políticos desde os Jogos de Pequim de 2008, que a comunidade internacional julgava então assinalar uma abertura política da China.

Guo também rejeitou as acusações de que a China procura deliberadamente aumentar a sua reputação global através do fornecimento de vacinas para a covid-19, para compensar a forma como geriu os estágios iniciais da pandemia.

Estas opiniões são "muito limitadas", apontou.

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