O paracanoísta Norberto Mourão queria celebrar com ouro a sua 10.ª medalha em importantes provas internacionais, contudo revela-se extremamente entusiasmado por “voltar a honrar Portugal”.

“A minha 10.ª queria que fosse de ouro. Foi de bronze. Fantástico. É continuar a trabalhar, somar medalhas atrás de medalhas”, disse o atleta luso, bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 na categoria de VL2.

Mourão repetiu a medalha de bronze conquistada há duas semanas nos Mundiais, em Halifax, no Canadá, na altura atrás de dois rivais brasileiros. Hoje, cumpriu a 55,472 segundos, atrás do húngaro Tamás Juhász (53,948) e do espanhol Higinio Rivero (55,159).

“Hoje a prova não foi o que esperava, queria mais, muito mais. Queria ser campeão da Europa, revalidar o título, bater o recorde europeu, mas o vento do lado esquerdo, o meu pior, não me permitiu ‘disparar’ como eu gosto, resistir. Foi o que deu e o que deu estou satisfeito”, completou.

O canoísta de 41 anos frisou, ainda assim, que não é para as medalhas que treina diariamente, mas “para satisfação pessoal e para honrar Portugal”.

“Claro que quando se chega às medalhas honra-se Portugal com muito mais valor e todos olham para nós de forma diferente. E eu gosto quando chego aqui olham para mim de forma diferente e dão-me sempre com um dos favoritos”, completou.

A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.

Antes de Mourão, Portugal já tinha quatro medalhas, depois das duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, e de Iúri Leitão, no scratch do ciclismo de pista, da de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso, e da de bronze do canoísta Fernando Pimenta, no K1 500.