A seleção portuguesa de hóquei no gelo participa entre hoje e sábado no Development Cup 2022, em Füssen, Alemanha, com o objetivo de desenvolver a modalidade e “lutar pelos primeiros lugares”.

O torneio, promovido pela Federação Internacional de Hóquei no Gelo, destina-se a “países que não estão ainda nas divisões superiores”, com o intuito de “tornar estas equipas mais competitivas”, explicou, em declarações à agência Lusa, o presidente da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), Pedro Farromba.

Portugal, com 16 jogadores, três deles residentes na Suíça, estreia-se hoje na prova frente à Colômbia, às 19:00 locais (18:00 em Lisboa).

Na competição internacional, participam também as equipas da Argélia, Andorra, Irlanda e Liechtenstein.

“A vontade é ganharmos todos os jogos. Temos uma equipa bem preparada, que tem treinado muito mais em gelo do que antes, porque tem treinado na Serra da Estrela, embora com as restrições de ser uma pista mais pequena, mas já se conseguiu criar, com a presença assídua deles, algum espírito de equipa, importante para trabalharem juntos e para conseguirem bons resultados”, salientou Pedro Farromba.

O dirigente federativo considera que com a possibilidade, no último inverno, de os jogadores treinarem e jogarem na Serra da Estrela Ice Arena, onde também foi criada uma academia de ensino da modalidade, com o selecionador nacional, Jim Aldred, sempre presente, “nota-se um progresso muito grande”.

O técnico canadiano, um antigo jogador profissional e treinador, afirmou que o grupo tem a expectativa de “lutar pelos primeiros lugares” e quer “dar tudo para conseguir orgulhar os portugueses” e chamar a atenção dos mais novos pelo hóquei no gelo.

“Queremos promover a modalidade em Portugal, mesmo com as condições que temos, sem uma pista permanente com medidas oficiais. Temos a esperança de que mais crianças comecem a praticar e um dia possam jogar, não apenas no país, mas que possam representar Portugal internacionalmente”, frisou Jim Aldred à Lusa.

Segundo o técnico nacional, o torneio “dá a oportunidade às equipas presentes de competir com outros países a um nível mais elevado”, mas referiu que para se dar um salto qualitativo é necessário ter um recinto apropriado em Portugal.

O presidente da FDIP concorda que a construção no país de um pavilhão para desportos no gelo “é fundamental” para a evolução dos atletas, acrescentando decorrerem negociações com essa finalidade.

“Seja de uma maneira ou de outra, vai acontecer. Seja na região de Lisboa ou não, vai acontecer”, garantiu Pedro Farromba.

O dirigente, que se encontra também na Alemanha, vai aproveitar para apresentar ao presidente da Federação Internacional de Hóquei no Gelo “o trabalho que tem sido feito em Portugal” e conhecer “o programa de apoio ao desenvolvimento” da modalidade que a federação internacional tem previsto para o próximo ano.

Portugal começou a competir em provas oficiais em 2017, ano em que obteve o terceiro lugar na Development Cup, tendo sido segundo classificado em 2018.