Os clubes de hóquei em patins filiados na Associação de Patinagem de Aveiro estão contra o modelo proposto pela federação para subidas e descidas de divisão, preferindo a realização de uma 'poule' de acesso ao segundo escalão.

A reunião de hoje daquela associação (APA) com os seus clubes foi clara nessa rejeição, ao considerar que o quadro proposto iria beneficiar os clubes da II divisão, "uma vez que, teoricamente, deverão estar mais dotados em termos técnicos e qualidade dos seus atletas".

A Federação de patinagem (FPP) pretende a disputa de uma liguilha entre os clubes que estão em zona de descida e os que estão em zona de subida, para resolver a questão das promoções de uma época que não chegou ao fim por causa da pandemia de COVID-19.

A associação aveirense relembra que não haveria ganhos com a disputa de uma liguilha face ao que há para concluir as II e III divisões - sete jogos no caso da liguilha, seis e sete jogos, respetivamente, para os campeonatos.

A APA relembra que aquando da paragem do campeonato tinha quatro clubes nos quatro primeiros lugares da Zona Centro, ou seja Feira, Mealhada, Cucujães e Termas. No caso do Feira, a situação é especialmente crítica, já que bastaria mais uma vitória para ter a subida de divisão assegurada sem disputa de nenhuma liguilha.

"Cada zona, per si, disputaria os jogos de apuramento para a subida, o que significaria quase o termo do seu respetivo campeonato, aproveitando-se os pontos obtidos no campeonato nacional aos quais se somariam os pontos obtidos na liguilha determinando assim a classificação dos quatro primeiros classificados de cada série", advoga a APA.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas - Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.184 pessoas das 28.319 confirmadas como infetadas, e há 3.198 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.