O profissional português Ricardo Santos ficou com “boas sensações” da terceira volta do Portugal Masters, que termina no domingo no Dom Pedro Victoria Golf Course, enquanto o compatriota Tomás Bessa saiu com “um sabor amargo, porque poderia ser melhor”.

Os únicos dois portugueses ainda em prova, após a passagem do ‘cut’ no sábado, completaram a ronda de ontem com 69 pancadas (-2), totalizando ambos 207 ‘shots’, seis abaixo do Par do traçado algarvio, e partilham a 60.ª posição do ‘leaderboard’, liderado pelo inglês Jordan Smith.

“As sensações foram boas. Tive dois momentos menos bons, mas no geral foi bom e estou contente com a atitude que tive, especialmente depois do buraco 7”, avançou Santos, após assinar cinco ‘birdies’ (nos buracos 5, 10, 12, 13 e 15), um ‘duplo-bogey’ no buraco 7 e um ‘bogey’ no 18.

Mais eficaz nos ‘greens’ e menos certeiro nas saídas, o profissional algarvio, de 40 anos, fechou a sua terceira volta consecutiva com 69 pancadas, revelando consistência num campo onde, considera, ser “sempre especial jogar.”

“Não ‘drivei’ tão bem como ontem [sexta-feira], mas fui muito sólido, com exceção de dois buracos (7 e 18) em que falhei dois ‘shots’ para o sítio errado. Nos últimos nove buracos comecei a sentir-me melhor nos ‘greens’ e, daí, a diferença dos primeiros para os segundos nove”, explicou.

Assim como Ricardo Santos, que se revelou “surpreendido com o muito público” a acompanhar a formação dos jogadores da casa, Tomás Bessa ficou bastante agradado com o “grande ambiente” num “ótimo dia”.

“Foi um dia em que joguei muito bem. O dia em que joguei melhor do ‘tee’ ao ‘green’. Saio com um sabor amargo, porque sei que poderia ter sido bem melhor, acho que acertei os 18 ‘greens’. Mas estou feliz com o meu jogo hoje”, sublinhou o profissional do Alps Tour.

Depois de uma segunda ronda um tanto irregular, o profissional de Paredes protagonizou uma penúltima volta mais sólida, com dois ‘birdies’ nos buracos 7 e 17, e ganhou assim confiança para tentar concretizar o objetivo a que se propõe na reta final do único torneio português do DP World Tour.

“É fazer o meu melhor resultado, ou seja melhor do que as quatro pancadas abaixo do Par, o resultado do primeiro dia. Seria uma boa marca. Mas entro em campo sempre para dar o meu melhor, seja o que for, estou muito feliz por estar no fim de semana a jogar com estes grandes jogadores e é aqui que quero estar”, confessou Bessa.

Já Ricardo Santos, membro do Circuito Europeu, espera no domingo conseguir “manter a boa atitude e fazer uma volta baixa, sem cometer erros, para subir o mais possível na classificação.”

“Sinto-me a jogar bem e é uma questão de ter um pouco sorte”, frisou o algarvio, que ocupa o 160.º lugar no ‘ranking’ do DP World Tour e precisa de ascender ao top-145 para aceder diretamente à fase final da Escola de Qualificação, em Terragona, onde poderá recuperar o cartão para 2023.

Já o líder, o inglês Jordan Smith, voltou a igualar o ‘score’ da abertura e com uma exibição quase perfeita, não tivesse feito um ‘bogey’ no buraco 18 a ‘manchar’ os oito ‘birdies’ (nos buracos 2, 3, 4, 8, 11, 12, 14 e 17) e o ‘eagle’ no 15, conseguiu descolar do malaio Gavin Green, com quem partilhava o comando ao final dos 36 buracos iniciais.

Com um total de 191 pancadas, 22 abaixo do Par, o britânico vai partir para a derradeira volta do Portugal Masters, dotado de dois milhões de euros em prémios monetários, com uma vantagem de dois ‘shots’ sobre Green e em boas condições de tentar conquistar o seu segundo titulo no DP World Tour, após a vitória no European Open em 2017.