O FC Porto reiterou hoje a confiança nos ciclistas da sua equipa profissional, destacando os “resultados integralmente negativos dos testes antidoping” e a “completa regularidade dos respetivos passaportes biológicos” no âmbito da operação “Prova Limpa”.

“Os resultados integralmente negativos dos testes antidoping realizados a todos os atletas da W52-FC Porto e a confirmação da completa regularidade dos respetivos passaportes biológicos são notícias positivas que justificam a confiança que o FC Porto deposita nos ciclistas e que abrem a perspetiva de continuidade do sucesso alcançado nos últimos oito anos”, lê-se em comunicado.

Os ‘dragões’ criticam ainda “o circo mediático montado nas últimas semanas por vários órgãos de comunicação social", classificando-o como “uma manobra que visou denegrir um clube e uma equipa que têm dominado o ciclismo nacional com indiscutível mérito desportivo”.

No final de abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor-desportivo do conjunto ‘azul-e-branco’, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu técnico adjunto, José Rodrigues, no decurso da referida investigação, a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

A Ribeiro e Rodrigues foram então impostas as medidas de coação de proibição do exercício de funções como diretor desportivo e a obrigação de apresentações semanais às autoridades policiais, além da proibição de contactar os restantes arguidos.

“A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Guarda e Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal)”, detalhou a PJ.

O antigo ciclista Nuno Ribeiro, vencedor da Volta a Portugal em 2003, viria a ser desapossado do triunfo de 2009 por doping.

A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por “uso de métodos e/ou substâncias proibidas”.

*Artigo atualizado