O ciclista neerlandês Koen Bouwman conseguiu hoje um controverso segundo triunfo na Volta a Itália, numa 19.ª etapa em que praticamente garantiu o triunfo na classificação da montanha, enquanto os homens da geral se ‘marcaram’.

Bouwman, que já tinha vencido a sétima etapa e praticamente garantiu o triunfo na classificação da montanha, cumpriu os 178 quilómetros entre Marano Lagunare e o Santuário de Castelmonte em 4:32.55 horas, batendo sobre a meta o suíço Mauro Schmid (QuickStep-Alpha Vinyl), segundo, e por três segundos o italiano Alessandro Toneli (Bardiani-CSF-Faizanè), terceiro.

Nas contas da geral, os três primeiros chegaram juntos, a 3.56 minutos, e Richard Carapaz (INEOS) mantém três segundos de vantagem para o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), segundo, e 1.05 minutos para o espanhol Mikel Landa (Bahrain Victorious), terceiro.

A vitória do neerlandês, que mais uma vez integrou uma fuga que discutiu o dia, pode ter sido pacífica no que toca à classificação da montanha – já ‘só’ precisa de terminar o Giro para a certificar, dado que não pode ser apanhado –, mas não o foi quanto à etapa.

A curva final, na qual Bouwman abrandou após ter entrado em primeiro, foi a razão da discórdia, com Schmid a protestar, após a chegada, dizendo que “não foi um ‘sprint’ justo”, assim como outro homem da fuga, o italiano Andrea Vendrame (AG2R Citröen).

“Sabia que havia uma curva à esquerda, mas não sabia quão apertada. Tive de travar a fundo e sabia que tinha de ir por dentro”, justificou o vencedor.

De resto, conseguir duas etapas no Giro, quando não trazia quaisquer triunfos de destaque antes da 105.ª edição, deixa-o “sem palavras”.

“O objetivo para hoje era continuar com a camisola azul. Sair com uma vitória em etapa é inacreditável”, atirou.

As várias subidas categorizadas e o traçado propício a ataques, seja no Kolovrat, na breve incursão pela Eslovénia, seja na subida final até ao Santuário de Castelmonte, deixavam antever nova batalha pela liderança.

Apesar do endurecer da corrida pela BORA-hansgrohe, de tentativas e acelerações, nenhum dos três conseguiu ‘descolar’ dos outros, apenas do resto dos primeiros classificados, mas estavam já tão destacados que pouco importa.

Na luta peculiar entre Carapaz, Hindley e Landa, o dado mais determinante do dia terá sido a desistência do australiano Richie Porte, desfalcando uma INEOS apostada em dar um segundo título na ‘corsa rosa’ ao equatoriano, depois de 2019.

“Foi um dia difícil, e estou triste pelo Richie, é azar. Mas a equipa tem trabalhado bem e lidaremos como melhor pudermos. [...] Acho que estamos os três ao mesmo nível nas montanhas, e não foi um final muito difícil, que criasse muitas diferenças. Amanhã [sábado] é um bom dia, em altitude, como eu gosto”, explicou a ‘Locomotiva de Carchi’.

Os dois portugueses em prova, ambos da UAE Emirates ‘órfã’ de João Almeida, melhoraram posições na geral, com Rui Costa a subir ao 41.º lugar e Rui Oliveira ao 141.º.

No sábado, a 20.ª e penúltima etapa liga Belluno a Marmolada em 168 quilómetros, com mais de 4.700 metros de acumulado de subida e o Passo Fedaia no traçado, com chegada em alto.

Antes do Passo Fedaia, o Passo Pordoi, de categoria especial, vai servir de derradeiro ‘tira teimas’ entre os três homens que ocupam o pódio, além de testar também as aspirações do resto do ‘top 10’.

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