A União Ciclista Internacional (UCI) disse hoje acreditar que Mundiais de estrada se vão realizar como previsto, entre 20 e 27 de setembro, em Aigle-Martigny, na Suíça, apesar da pandemia de covid-19.

No mesmo dia em que anunciou que vai colocar em ‘lay-off' completo ou parcial, com "percentagens diferentes", todos os 130 funcionários que tem a seu cargo, com os diretores, eleitos e contratados, a reduzirem os salários, o organismo que tutela o ciclismo revelou, através de um comunicado, que acredita que a prova não está em risco nas datas previstas.

"A situação nos Campeonatos Mundiais de Estrada da UCI 2020 em Aigle-Martigny (Suíça) está, claro, a ser acompanhada de perto, embora esses campeonatos pareçam estar a salvo das consequências da covid-19”, pode ler-se na nota divulgada pela UCI.

Face aos efeitos da crise causada pelo novo coronavírus, outros eventos como o Campeonato Mundial de BMX, em Houston, nos Estados Unidos, e a Moutain Bike Croos-Country, na Alemanha, tiveram de ser adiados pelo organismo.

A UCI antevê ainda uma redução "significativa" nas receitas, perante os adiamentos e cancelamentos dos eventos, revelando que vai proceder ao reembolso das despesas de inscrição juntos dos organizadores.

“Em solidariedade e no âmbito das medidas de apoio aplicadas desde o início da crise, a UCI reembolsará todos os custos de inscrição no calendário aos organizadores das provas canceladas. Os direitos de calendário representam uma parte importante da receita da UCI e esta medida terá consequências nos resultados financeiros da UCI", concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.