A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e a Federação Portuguesa de Ciclismo devem iniciar “na próxima semana” os contactos para a definição de processos para o controlo dos ciclistas na Volta a Portugal em bicicleta.

“Ainda não tivemos oportunidade de coordenar com a Federação Portuguesa de Ciclismo o que se vai fazer. Concretamente, ao contrário do futebol, com o ciclismo ainda não tivemos esse contacto. Creio que na próxima semana teremos ocasião de articular isso, temos as melhores relações com a federação”, explicou à Lusa o presidente da ADoP, Manuel Brito.

Apesar de a pandemia de COVID-19 ter provocado a suspensão ou o cancelamento de inúmeras competições desportivas, a Volta a Portugal manteve a sua calendarização inalterada, entre 29 de julho e 09 de agosto. A ausência de um protocolo de fiscalização da prova não inquieta o responsável máximo do combate ao doping, que garantiu de forma taxativa a vigilância da ADoP na Volta.

“O controlo é obrigatório e é uma exigência contratual da própria prova. Haverá controlo, certamente, mas temos de saber os percursos, os procedimentos e a acreditação das pessoas que vão acompanhar. Ainda não temos essa informação e é essencial para fazermos o nosso planeamento”, frisou.

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França, Escócia, Bélgica e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 03 de junho. A Liga alemã foi retomada em 16 de maio.