O comité executivo da Euroliga de basquetebol deseja terminar a época com o seu formato atual, condensando as datas, pretende um “ajuste” salarial e admite controlo financeiro “mais flexível”, devido à pandemia da covid-19.

A EuroLiga admite uma frequência de jogos “potencialmente condensada, se for necessário”, contudo, e “caso a situação justifique”, está a “analisar potenciais sistemas alternativos de competição”.

Com as diversas competições de clubes paradas - incluindo-se a Eurocup - a prioridade é concluir a competição, mesmo que esta ainda vá na fase regular, com oito jornadas para realizar na Euroliga, faltando ainda as eliminatórias e a ‘final a quatro’, prevista para 22 a 24 de maio, em Colónia, na Alemanha.

A empresa que organiza ambas as competições, a Euroleague Basketball (EB), diz que só as reatará mediante “condições ótimas de saúde e segurança” para os participantes, sendo que, atualmente, a pandemia continua a expandir-se e ainda não atingiu o pico nos diversos países da Europa.

A EA vai propor às associações de jogadores e treinadores para que os profissionais possam “voltar aos seus países de origem” durante o ‘caos’ da covid-19, porém vai pedir-lhes o “compromisso de ajustar os salários durante a suspensão das competições”.

Paralelamente, as normas de controlo financeiro vão ser “mais flexíveis” por parte da Euroliga até que haja mais certezas sobre o fim da pandemia.

A todos os agentes desportivos, foi solicitado que participem nas campanhas de consciência social quanto às medidas sanitárias a tomar ara evitar a expansão da covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 43 mortes e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.