O diretor técnico do atletismo do Sporting, Carlos Silva, criticou hoje a ausência do Benfica das finais do campeonato nacional feminino de clubes em pista coberta, que as ‘leoas’ venceram pela 10.ª vez consecutiva.

“Como amante da modalidade, a ausência do Benfica cabe aos seus responsáveis. Colocando-me como participante, não é explicável. É uma estratégia que o Benfica usa para querer denegrir a vitória dos outros: como normalmente sabem que perdem, saem de campo e isso não é desporto”, disse à agência Lusa o dirigente ‘verde e branco’.

O Sporting sagrou-se campeão do setor feminino com 100 pontos, contra 82 do Sporting de Braga e 66 da Juventude Vidigalense, num evento que voltou a contar com a ausência do Benfica 11 anos depois, por ter alinhado com menos de sete atletas no apuramento.

“A equipa feminina continua a dar cartas e a renovar alguns setores. Tivemos resultados muito fortes no fim de semana. Talvez passou um pouco despercebido, mas a marca dos 4x400 [3.37,70 minutos] é um recorde nacional de clubes”, destacou Carlos Silva.

Numa “fase diferente” surgiu a formação masculina, que somou 90 pontos, mais 36 que o Sporting de Braga, no derradeiro lugar do pódio, mas foi impotente para travar a terceira conquista consecutiva das ‘águias’, expressa em 101 pontos.

“Apresentámo-nos de forma digna e competitiva. Perdemos quase ao ponto em cada prova e tivemos boas representações, mas estamos numa fase de gestão e o resultado é este. O adversário é muito forte, mas temos de nos preocupar connosco”, rematou.

O Sporting arrecadou 13 das 26 competições, três em masculinos e dez em femininos, face aos dez triunfos do Benfica nos homens e às três conquistas por parte do Sporting de Braga nas mulheres.

As fases finais dos Nacionais em pista coberta, a mais importante prova coletiva do atletismo português, repartiram 32 equipas de 22 clubes em duas divisões e decorreram desde sábado no Altice Fórum, em Braga.