O presidente do Maratona Clube de Portugal considerou hoje que estão reunidas todas as condições para uma prova fantástica na 29.ª edição da meia maratona de Lisboa, agendada para domingo, e acredita na possibilidade de um novo recorde mundial.

“Queremos recuperar o recorde do mundo, o tempo está melhor do que no ano passado, temos uma elite de luxo e, por isso, e estão reunidas todas para uma prova fantástica”, disse Carlos Móia, na apresentação da prova.

Com as inscrições esgotadas há cerca de uma semana, Móia destacou a presença de 47 atletas “de nível mundial”, dos quais 30 homens e 17 mulheres, candidatos aos cheques de 50.000 euros, que serão entregues a quem conseguir estabelecer novos recordes mundiais, no setor feminino ou masculino.

Lisboa “perdeu”, em outubro de 2018, o recorde do mundo da distância no setor masculino, depois de o queniano Abraham Kiptum ter corrido a meia maratona de Valência em 58,18 minutos, fazendo cair o anterior máximo, de 58,23, estabelecido pelo eritreu Zersenay Tadese na capital portuguesa, em 2010.

Com passagem na Ponte 25 de Abril, a meia maratona de Lisboa conta com 15.000 atletas inscritos, entre os quais 7.500 estrangeiros, oriundos de 90 países.

Carlos Móia considera que estes números provam a “importância cada vez maior da prova no estrangeiro” e admitiu o desejo de a integrar na categoria diamante, que em breve será atribuída pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), superior à de ouro, que a “meia” de Lisboa já possui.

Na lista de inscritos para a prova masculina figuram o queniano Erick Kiptanui, vencedor em 2018, e outros seis atletas com marcas abaixo dos 60 minutos, entre os quais os, também quenianos, Bernard Kiprop Koech e Solomon Kirwa Yego, vencedor da meia maratona de Milão.

Entre os portugueses, vão marcar presença Hermano Ferreira, que já foi, várias vezes, o melhor português na competição, Ricardo Ribas e Rui Teixeira, que no fim de semana passado se sagrou campeão português de corta-mato.

Em femininos, destaque para a queniana Vivian Cheruyiot, campeã olímpica da distância no Rio de Janeiro em 2016, e segunda classificada na meia maratona de Lisboa em 2017.

Na elite portuguesa para a prova destacam-se as presenças de atletas olímpicas Sara Moreira, Dulce Félix e Jéssica Augusto.

Além da meia maratona, vão disputar-se a minimaratona, o passeio da família e a prova mini campeões, que no total mobilizarão 35.000 participantes.

Na edição deste ano, a organização apostou em boas práticas ambientais, plantando 35.000 árvores, em parceria com uma marca de água, reforçando a recolhas e reciclagem de garrafas e utilizando materiais de divulgação 100% recicláveis.