Um novo recorde feminino é um dos grandes objetivos da 31.ª edição da Meia Maratona de Lisboa, que decorrerá no domingo e reunirá, juntamente com a prova de 10 quilómetros, mais de 28.000 atletas, anunciou hoje a organização.

“Depois de um regresso às provas muito especial em 2021, em que recuperámos o recorde do mundo masculino da meia maratona, este ano vamos tentar bater o recorde feminino e juntar os dois recordes do mundo em Lisboa”, disse Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, entidade responsável pela organização da prova,

Móia admitiu que conseguir novos recordes mundiais - que, caso sejam estabelecidos, valem um prémio de 50.000 euros - “não é fácil”, e até pode ser “prejudicado pelas temperaturas elevadas que se preveem para domingo”.

“Não é um objetivo fácil, mas, como sempre, reunimos um grupo de elite de grande nível que nos dará hipóteses reais de bater o recorde do mundo feminino, no próximo domingo. Se o conseguirmos, tornamos a Meia Maratona de Lisboa na ‘meia’ mais rápida do mundo também para mulheres”, afirmou.

Apesar de o foco estar no recorde feminino, em partidas separadas, que pertence à queniana Peres Jepchirchir fixado em 1:05.16 horas, Carlos Móia não descarta a possibilidade do recorde masculino (57.31 minutos) estabelecido no ano passado em Lisboa pelo ugandês Jacob Kiplimo, porque “não há impossíveis”.

O recorde que Carlos Móia quer ver cair em Lisboa é o da prova com partidas separadas e não o máximo de 1:02.52 horas, que pertence à etíope Letesenbet Gidey, mas que foi estabelecido numa prova com partida conjunta de masculinos e femininos.

A prova, adiada de março para maio devido à pandemia de covid-19, conta com uma elite "de luxo", na qual se destaca o pelotão feminino e a queniana Brigid Kosgei, detentora da melhor marca de sempre da maratona, e vencedora da Maratona de Tóquio, este ano.

Kosgei terá a seu lado a etíope Tsehay Gemechu, a detentora do recorde da prova (1:06.66 horas), alcançado no ano passado.

A prova feminina contará ainda com as etíopes Gotytom Gebreselassie (1:05.36 horas) e Bosena Mulatie (1:05.43) e a israelita Lonah Salpeter (1:06.09).

Na prova masculina, para tentar fazer cair o recorde mundial de Jacob Kiplimo (57.31 minutos), apresentam-se 11 atletas com marcas abaixo da hora, com destaque para Kenneth Kiprop Renju (58.35), Abraham Cheroben (58.40), Kevin Kiptum (58.42) e Jorum Okombo (58.48).

Entre a elite portuguesa, participarão na prova nomes como Hermano Ferreira, melhor português em 2021, Luís Saraiva, além de Rafaela Almeida, Sara Moreira e Solange Jesus, em femininos.

A Meia Maratona de Lisboa, que na partida e na chegada fará uma homenagem à Ucrânia, contará com a presença de Eric Domingo Roldan, um maratonista amador espanhol que corre a empurrar uma cadeira de rodas com a mãe, Silvia, que tem esclerose múltipla, e que no ano passado bateu o recorde do mundo da maratona (2:53.28 horas) dessa categoria, marca que consta no Guinness Book.

No mesmo dia, realiza-se uma prova de 10 quilómetros, também com partida na Ponte 25 de Abril e com um percurso semelhante ao da meia maratona, de caráter mais lúdico e que garante a participação de milhares de participantes.

Numa vertente lúdica e solidária, o Maratona, através de uma parceria com a Fundação Benfica, apelou a uma participação massiva no “Mimosa Passeio da Família”, com um percurso de quatro quilómetros, agendado para sábado.

De acordo com a organização, nas duas provas “mais de 40% dos participantes são mulheres, o equivalente a 12.500 participantes femininas”.

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