A possibilidade de a corrida terminar abaixo das duas horas chegou a pairar, quando o duplo campeão olímpico e as suas 'lebres' passaram a meio da corrida em 59.51 minutos, mas acabou por ceder um pouco na segunda metade, vencendo a corrida pela quarta vez, igualando o feito do etíope Haile Gebreselassie, vencedor de 2006 a 2009.

Kipchoge acabou por baixar ligeiramente o ritmo na segunda metade do percurso, bastante propíco a grandes resultados por ser completamente plano, mas ainda assim cruzou a linha de meta, instalada junto à Porta de Brandemburgo, com um grande tempo, superando o seu compatriota Mark Korir, segundo em 2:05.58, e o etíope Tadu Abate, terceiro com 2:06.28.

"Estivemos muito rápidos na primeira parte. Tínhamos previsto 60.50 minutos na primeira metade, mas as minhas pernas estavam tão bem, que me deixei embalar", afirmou no final o queniano, que, mesmo assim, cumpriu o que prometeu, quando afirmou que, se fizesse uma boa corrida, bateria o seu recorde.

Kipchoge já correu abaixo das duas horas (1:59.41), em 2018, em Viena, mas o tempo não foi homologado, uma vez que contou com a ajuda de 41 'lebres', que se iam revezando a cada cinco quilómetros.

Com mais este recorde, o que é considerado o melhor maratonista da história acrescenta mais um feito ao seu longo palmarés, que conta com medalhas nas corridas mais curtas, bronze e prata nos 5.000 metros dos Jogos de 2004 e 2008, respetivamente, tendo, a partir 2012, se dedicado à corrida mais longa, sendo campeão olímpico no Rio2016 e em Tóquio2020.

A prova feminina foi igualmente muito rápida, tendo sido ganha pela etíope Tigist Assefa em 2:15.37, o terceiro melhor tempo de sempre.