O Qatar, país anfitrião dos Mundiais de atletismo, conseguiu uma medalha ao quarto dia de Doha2019, numa jornada em que despontou uma nova estrela, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh, no salto em altura.

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Nem Abderrahman Samba, terceiro nos 400 metros barreiras, nem Mahuchikh venceram, mas foram sem dúvida os 'favoritos' de um estádio que assistiu também ao tradicional domínio africano do meio-fundo, a que só os Estados Unidos tentaram fazer frente.

Samba é tudo menos um desconhecido: é o recordista asiático e tem já a terceira marca de sempre, pelo que o Qatar contava mesmo com ele para as medalhas.

Mas houve quem estivesse melhor. O recordista europeu e campeão em Londres, o norueguês Karsten Warholm, revalidou o título, com 47,62 segundos, à frente do norte-americano Rai Benjamin (47,66). Samba fechou o pódio, em 48,03.

No salto em altura, Mahuchikh, de apenas 18 anos, e já campeã como juvenil e júnior, surpreendeu ao saltar 2,04 metros, novo recorde mundial júnior. Depois... retirou-se de prova, sem aguentar a pressão, deixando a russa Maria Lasitskene com o ouro, após um concurso sem qualquer derrube até 2,04, também.

A tradição dos EUA foi mantida por Vashti Cunningham, terceira com 2,00.

As norte-americanas também fizeram o que puderam para contrariar o favoritismo das africanas nos 3.000 metros obstáculos e 800 metros, mas sem sucesso. Também sem sucesso, os irmãos Ingerbritsen, da Noruega, tentaram evitar novo triunfo etíope nos 5.000 metros.

A queniana Beatrice Chepkoech, recordista mundial, ganhou os obstáculos em 8.57,84, à frente da anterior campeã, a norte-americana Emma Coburn (que registou recorde pessoal), e da alemã Gesa Felicitas Krause.

Única portuguesa em prova no quarto dia, Cátia Azevedo esteve nos 400 metros e foi 40.ª, com 52,79 segundos.