Shalane Flanagan tornou-se hoje a primeira norte-americana a vencer a maratona de Nova Iorque desde há 40 anos, batendo a grande favorita, a queniana Mary Keitany, enqunto o queniano Geoffrey Kipsang Kamworor venceu entre os homens.

Keitany, que aparecia como vencedora das três últimas edições, cedeu nos quilómetros finais ao ataque de Flanagan e chegou 1.01 minutos depois da norte-americana, vencedora em 2:26.53 horas. Desde 1977, quando Miki Gorman venceu, não havia uma atleta da ‘casa’ a triunfar em Nova Iorque.

A única portuguesa em prova na elite, Jéssica Augusto, seguiu no grupo da frente na primeira metade da prova, mas depois 'quebrou' e caiu para 18.ª, terminando em 2:37.33, longe dos objetivos a que se tinha proposto (um tempo na casa das 2:27.00/2:28.00).

Entre os homens, o primeiro foi o queniano Geoffrey Kipsang Kamworor, que fez a ligação de 42,195 quilómetros entre Statten Island e Central Park em 2:10.56. O queniano Wilson Kipsang foi segundo, em 2:10.56, e o etíope Lelisa Desisa terceiro, em 2:11.33.

Para Kamrowor trata-se de uma estreia como vencedor, mas é tudo menos um desconhecido, já que foi segundo na 'Big Apple' em 2015 e tem no palmarés dois títulos mundiais de crosse e um de meia maratona.

O português mais bem classificado foi Rafael Oliveira, 37.º na meta, em 2:31:03.

Duplo triunfo suíço em cadeiras de rodas, para Marcel Hug (1:37.21) e Manuela Schar (1:48.09).

A 47.ª edição da maratona de Nova Iorque foi corrida sob medidas de segurança invulgares, cinco dias depois do atentado que provocou oito mortos em Manhattan.

Com mais de 50 mil corredores nas estradas e cerca de 2,5 milhões de espetadores, houve acréscimo de polícias e voluntários da organização, ruas barradas por camiões, 'snipers' nos telhados e helicópteros.