O senegalês Lamine Diack, antigo presidente da Associação Internacional das Federações de atletismo, atual World Ahletics, foi hoje condenado a quatro anos de prisão, dois dos quais efetivos, por corrupção à frente do organismo.

Lamine Diack, que esteve à frente da então designada IAAF entre 1999 e 2015 foi condenado por um tribunal de Paris pelo crime de corrupção, num esquema que visava ocultar os casos de doping na Rússia.

O senegalês, de 87 anos, considerado culpado de corrupção ativa e passiva, e de abuso de confiança, foi ainda multado no teto máximo de 500.000 euros, numa sentença que é passível de recurso.

Em junho, o antigo dirigente admitiu em tribunal ter decidido suspender processos disciplinares por doping contra a atletas russos para “salvar a saúde financeira” do organismo que liderou.

“A saúde financeira [da IAAF] tinha de ser protegida e eu estava pronto a fazer esse compromisso”, disse o senegalês.

Diack, a principal figura no processo que envolve acusações de corrupção, abuso de poder, lavagem de dinheiro e associação criminosa, negou qualquer relação entre a “gestão” dos casos de doping russos e um financiamento de 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,3 milhões de euros) para as eleições de 2012.

Durante a fase de investigação, Diack já tinha admitido que as sanções à Rússia foram “geridas” para não manchar a imagem do país antes do Mundiais de 2013, disputados em Moscovo, numa altura em que a IAAF negociava contratos de patrocínios e transmissões televisivas.

O adiamento de algumas sanções permitiu que alguns atletas participassem nos Jogos Olímpicos Londres2012 e conquistassem várias medalhas.

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