A diretora técnica Ana Oliveira justificou hoje a ausência do Benfica das finais do campeonato nacional feminino de clubes de atletismo em pista coberta com a elaboração de um “projeto competitivo a nível nacional e europeu”.

“O nosso trabalho assenta na construção, desenvolvimento e potencialização dos atletas. Não é comprar equipas e prometer coisas que não podemos pagar, pois aí damos um passo mais largo do que a perna”, explicou à agência Lusa a dirigente ‘encarnada’.

O Sporting sagrou-se campeão do setor feminino com 100 pontos, face aos 82 do Sporting de Braga e 66 da Juventude Vidigalense, num evento que voltou a contar com a ausência do Benfica 11 anos depois, por ter alinhado com menos de sete atletas no apuramento.

“O atletismo feminino é muito curto, pois está tudo no Benfica ou no Sporting e a modalidade não pode sobreviver de contratações constantes entre os dois clubes. Tirando estes atletas, olhamos à volta e vemos que ainda há muito trabalho para fazer”, notou.

Lembrando que é “mais fácil comprar do que construir”, embora sustentando a preferência por “coisas com sustentabilidade e sem pressa”, Ana Oliveira apelou ao contributo de diversas entidades para uma reflexão conjunta menos política e mais desportiva”.

“Têm de olhar para estes resultados, perceber a qualidade do nosso atletismo e fazer algo. Os clubes substituem permanentemente as responsabilidades das federações e dos estados e com esta ajuda podemos proporcionar um trabalho espetacular”, afiançou.

Num evento “sem casos” e “disputado até ao fim”, o Benfica sagrou-se campeão masculino pela terceira ocasião consecutiva, ao reunir 101 pontos, face aos 90 do Sporting e aos 36 do Sporting de Braga.

“Ficou a ideia de que o Sporting estava um pouco enfraquecido pelos anos anteriores, mas isso não se confirmou. Benfica e Sporting apresentaram-se muito bem, com todas as armas mais fortes, e ganhámos sem dúvidas”, realçou.

Destacando o “ambiente familiar e entusiasta” dos Nacionais de pista coberta, marcados pela “energia positiva” transmitida entre atletas e público, Ana Oliveira dedicou o triunfo ao presidente Luís Filipe Vieira e a Paulo Conceição, recordista nacional do salto em altura.

“Começámos com uma equipa juvenil e levámos cerca de seis anos para podermos ser candidatos ao título. Ao fim de três, fomos campeões nacionais de juvenis, um troféu tanto ou mais festejado que este”, recordou.

O Benfica arrecadou 10 vitórias no quadro masculino, tendo o Sporting vencido 13 do total de 26 competições, três nos homens e dez em femininos, ao passo que o Sporting de Braga totalizou três conquistas nas mulheres.

As fases finais dos Nacionais em pista coberta, a mais importante prova coletiva do atletismo português, repartiram 32 equipas de 22 clubes em duas divisões e decorreram desde sábado no Altice Fórum, em Braga.

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