Apesar de terem participado em poucas provas, devido à pandemia de covid-19, três canoístas portuguesas não dão como perdido o último ano e têm os “olhos postos” nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e “o sonho” de lá chegar.

Em declarações à agência Lusa, a canoísta Joana Vasconcelos prometeu “lutar” por um lugar nos próximos Jogos Olímpicos e reconheceu que “é um sonho muito grande e um grande desafio” voltar a disputar esta competição.

Ausente dos Jogos Olímpicos Rio2016, depois de ter estado em Londres2012, a atleta de 30 anos revelou ter a sua preparação “muito focada” em K1 500 metros, sem descorar os 200 metros, para “dar o máximo nas duas distâncias”.

Já Marco Apura e Bruno Afonso, que formam dupla em C2 1.000 metros, partilham a ambição de estarem juntos na capital do Japão já daqui a cerca de quatro meses.

“Ainda teremos que passar por um apuramento continental”, no início de maio, na Hungria, lembrou Bruno Afonso, notando que a qualificação para os Jogos Olímpicos é o “principal objetivo” da dupla. “Para já, não pensamos em qualquer outro para esta época”, sublinha, admitindo que o “maior desejo” da dupla “é estar em Tóquio”.

Joana Vasconcelos e a dupla Marco Apura e Bruno Afonso cumpriram um estágio de duas semanas numa unidade hoteleira situada junto à albufeira da barragem do Maranhão, em Avis, no distrito de Portalegre.

Os três treinaram com o canoísta olímpico já medalhado Fernando Pimenta e com outros atletas.

“Temos treinado com o Fernando Pimenta, que é para nós uma grande referência”, frisou Marco Apura, enquanto Bruno Afonso assinalou que os treinos com o canoísta olímpico dão “sempre outra motivação”.

Sobre a pandemia de covid-19, apesar de tudo, Joana Vasconcelos considerou que 2020 “não foi um ano perdido”, uma vez que até chegou a competir, além de ter aproveitado para “tentar melhorar aspetos menos bons”.

“Acho que nos fazia mesmo bem ter, pelo menos, uma competição, claro que, se realmente não desse, tínhamos que nos adaptar, mas tivemos a sorte que deu” para realizar uma prova e serviu como “um teste”, afirmou.

Também o canoísta Marco Apura disse à Lusa que o adiamento e cancelamento de provas deu “um ano a mais de treino” aos atletas, o que “é sempre muito bom para evoluir”.

Por outro lado, admitiu, a paragem forçada pela pandemia “prejudicou um bocado” o trabalho, uma vez que “os atletas treinam sempre com a ambição de querer competir” e o facto de não ter havido mais provas “é um bocado estranho”.

Quem não tem dúvidas sobre o impacto negativo da “falta de competições” é Bruno Afonso, que reconheceu que, com as “primeiras notícias” sobre adiamentos e cancelamentos de provas, os atletas atravessaram “um período difícil”.

“Mas foi ultrapassado e conseguimos ganhar um novo rumo e um bom rumo e manter a preparação sempre no topo”, sublinhou.

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