A Associação Mundial de Atletismo ‘World Athletics’ mostrou-se hoje disposta a trabalhar com o Comité Olímpico Internacional (COI) para encontrar uma nova data para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, que deverão ser adiados devido à pandemia de Covid-19.

“A World Athletics acolhe com satisfação as conversações com o COI no sentido de adiar os Jogos Olímpicos Tóquio2020”, escreveu o organismo, acrescentando: “Estamos prontos para trabalhar com o COI e todo o desporto em busca de datas alternativas”.

O COI anunciou que vai deliberar num período de quatro semanas sobre a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, devido à pandemia de Covid-19, com o adiamento na agenda, mas não o cancelamento.

“O COI, em cooperação com o Comité Organizador de Tóquio2020, as autoridades japonesas e o Governo Metropolitano de Tóquio, iniciará conversações detalhadas para concluir a avaliação da rápida evolução do panorama global da saúde e o seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo a hipótese de adiamento. O cancelamento não está em agenda”, refere a nota.

Nos últimos dias, o organismo responsável pelos Jogos tem sido pressionado por vários comités e federações, que defendem o adiamento do evento, por considerarem que existe risco para a saúde e bem-estar dos atletas.

A entidade acredita que dentro de quatro semanas terá uma decisão final e agradece a solidariedade dos comités e federações.

"O COI está confiante de que essas discussões serão concluídas nas próximas quatro semanas, e agradece muito a solidariedade e colaboração dos comités olímpicos nacionais e federações internacionais por apoiar os atletas e adaptar a planificação dos Jogos", concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu tornou-se o epicentro da pandemia, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais (5.476), o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.