O Comité Paralímpico Internacional (IPC) garantiu hoje total apoio à decisão do Comité Olímpico Internacional (COI) sobre um eventual adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 devido à pandemia da Covid-19, que afetará também a competição para atletas com deficiência.

“Tenho a certeza de que todo o movimento paralímpico apoia a decisão do COI, que está a analisar os possíveis cenários relacionados com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020”, afirmou em comunicado, o presidente do IPC, o brasileiro Andrew Parsons.

No documento, o líder do IPC considera que “a vida humana é muito mais importante do que qualquer outra coisa, e atualmente é vital que todos, incluindo os atletas, fiquem em casa para ajudar a impedir a propagação da doença que está a afetar a comunidade global”.

“As próximas quatro semanas darão tempo para ver se a situação de saúde global melhora, e permitem analisar diferentes cenários, caso as datas dos Jogos precisem ser alteradas”, refere Andrew Parsons.

O presidente do IPC lembra que “alterar as datas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é um enorme desafio logístico”, e deixa uma garantia: “O IPC apoiará o COI em cada passo de todo o processo, seja ele qual for”.

Hoje, o COI anunciou que vai deliberar num período de quatro semanas sobre a realização dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que deverão realizar-se entre 24 de julho e 09 de agosto, vido à pandemia da Covid-19, com o adiamento na agenda, mas não o cancelamento.

Os Jogos Paralímpicos, que desde 1988 passaram a utilizam as instalações dos Jogos Olímpicos, deverão decorrer em Tóquio entre 25 de agosto e 06 de setembro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu tornou-se o epicentro da pandemia, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais (4.825), o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.600, mais 320 do que no dia anterior. O número de mortos no país subiu para 14.