O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou esta sexta-feira que vai contactar as autoridades judiciais francesas na sequência de acusações de alegadas irregularidades na atribuição dos Jogos Olímpicos Rio2016, noticiadas pelo jornal Le Monde.

Segundo o jornal, o ex-atleta namibiano Frank Fredericks possuía uma sociedade nas ilhas Seicheles que no mesmo dia em que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de 2016 recebeu uma verba de 299.300 dólares (cerca de 283.574 euros).

O porta-voz do COI, Mark Adams, garantiu que o organismo acredita que ex-atleta namibiano Fredericks “vai disponibilizar todos os elementos que provam a sua inocência”, de forma a contrariar as acusações feitas hoje pelo jornal gualês.

Adams explicou que o antigo velocista já contactou a Comissão de Ética do COI para esclarecer a situação.

Frank Fredericks terá dito que a verba em causa foi depositada pela Pamodzi Sports Consulting, uma empresa gerida por Papa Massata Diack, que se dedica à promoção de programas de marketing desportivo da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF).

“A Comissão de Ética está a analisar as alegações para clarificar todo o assunto”, referiu Mark Adams.

O jornal francês também alude a um pagamento feito por um empresário brasileiro a Lamine Diack, antigo presidente da IAAF, três dias antes da eleição da sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Franck Fredericks, que já presidiu à Comissão de Atletas do COI, integra atualmente a Comissão de Avaliação das candidaturas aos Jogos de 2024.