Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, afirma que ainda é "muito cedo" para afastar incertezas sobre a organização dos Jogos de Tóquio, tudo dependendo dos progressos das despistagem do covid-19 e de eventuais vacinas.

"Não sabemos como será o mundo amanhã, como podemos saber como será daqui a 316 dias?", disse o líder máximo do COI, questionado pelos jornalistas à saída de uma uma reunião do comité executivo do COI, em Lausana.

Depois do histórico adiamento dos Jogos Olímpicos de verão, por causa da pandemia de covid-19, os organizadores falam de Jogos 'simplificados', com mais de 200 medidas estudadas, nomeadamente a limitação de espetadores, mas ainda nenhuma decisão concreta foi assumida.

"Nas próximas semanas, verão discussões importantes e intensas sobre os diferentes cenários", prometeu Bach, "para garantir um ambiente seguro para todas as pessoas envolvidas no próximo verão".

"Não é fácil, mas claro que o distanciamento social está em estudo", garantiu. Os Jogos devem envolver 11 mil atletas, de 206 países, acompanhados por não menos de cinco mil oficiais e treinadores, alé de 20 mil representantes dos media e 60 mil pessoas em trabalho benévolo.

De qualquer forma, Bach insiste que "pura e simplesmente é cedo para dar uma resposta concreta sobre o cenário final, cedo para fixar uma data limite". O alemão que preside ao COI fixa como dois parâmetros cruciais o "desenvolvimento de testes rápidos" e possíveis vacinas contra a covid-19.

Sobre a despistagem rápida, está "prudentemente otimista". "Pelas nossas informações e contactos com os peritos, com a Organização Mundial de Saúde, mas também pelo que sabemos da indústria farmacêutica", vincou.

"Também recebemos notícias encorajadoras a propósito do desenvolvimento de vacinas. Não serão o remedio milagroso, mas podem grandemente facilitar a organização dos Jogos", acrescentou.

Na segunda-feira, o vice-presidente do COI John Coates prometera que os Jogos de Tóquio teriam lugar "com ou sem coronavírus" e que iriam começar "em 23 de julho do próximo ano".

As fronteiras do Japão continuam fechadas e muitos peritos duvidam que a pandemia esteja controlada até ao verão de 2021. Por outro lado, a maioria dos japoneses prefere um novo adiamento ou o cancelamento.

As autoridades japonesas, a exemplo do COI, não desejam um segundo adiamento, mas ainda ninguém assumiu o quadro de cancelamento o que seria inédito em tempos de paz.

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