Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021, vão ser disputados no próximo ano, independentemente da pandemia do novo coronavírus, anunciou hoje o vice-presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), John Coates.

Em entrevista por telefone à agência de notícias France-Presse (AFP), o presidente do comité de coordenação do COI para os Jogos Olímpicos de 2020 disse que o evento vai ser uma realidade "com ou sem" COVID-19 e vai "começar a 23 de julho do próximo ano".

"Serão os Jogos [Olímpicos] que derrotaram a covid-19, a luz no fim do túnel", afirmou.

O tema dos Jogos será a "reconstrução após a devastação causada pelo tsunami", disse Coates, referindo-se ao terramoto e ao tsunami que devastaram o nordeste do Japão em 2011.

As olimpíadas foram canceladas até agora apenas em tempos de guerra.

Os Jogos Olímpicos deveriam ter sido inaugurados no dia 24 de julho, mas os organizadores tomaram a decisão histórica em março de os adiar até ao verão de 2021, devido à pandemia.

As autoridades japonesas deixaram claro que não querem que os Jogos sejam adiados uma segunda vez.

As fronteiras do Japão permanecem atualmente fechadas para estrangeiros, e muitos especialistas duvidam que a pandemia esteja sob controlo no próximo verão.

De acordo com várias sondagens recentes, uma clara maioria dos japoneses quer que as Olimpíadas sejam adiadas novamente ou mesmo canceladas devido ao novo coronavírus.

Coates enfatizou que o Governo japonês "não desistiu de forma alguma" dos jogos, apesar da "tarefa monumental" que se coloca agora perante a decisão de adiar o evento.

"Antes da covid-19, Thomas Bach [presidente do COI] disse que foram os Jogos [Olímpicos] mais bem preparados que vimos, as instalações estavam quase todas concluídas, agora estão concluídas, a vila é incrível (...), está tudo bem", sublinhou.

No Japão há a registar mais de 71 mil infetados com o novo coronavírus, dos quais mais de 1.300 morreram, de acordo com os dados do portal 'worldometers', que recolhe dados de todos os países e é atualizado em tempo real.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 880 mil mortos e infetou mais de 26,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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