O treinador do Tondela, Nuno Campos, assumiu hoje que os seus jogadores vão “cerrar os dentes” em campo, frente ao FC Porto, na final da Taça de Portugal de futebol.

“Temos de aproveitar este jogo como uma grande oportunidade para todos estes jogadores, toda esta estrutura, a envolvência de todos os nossos adeptos e a nossa região e agarrarmo-nos com as duas mãos a tudo isso, cerrar os dentes e ir para o jogo e tentar combater o poderio que sabemos que o FC Porto tem”, assumiu Nuno Campos.

O treinador do Tondela falava em conferência de imprensa de antevisão do jogo da final da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, domingo, pelas 17:15, no Estádio Nacional, em Oeiras, juntamente com o defesa Ricardo Alves.

“Nós temos sempre as nossas chances, apesar da equipa do outro lado ser mais forte, mas nós também, se defendermos bem vamos ter as nossas chances”, considerou.

Nuno Campos realçou que ao Tondela compete “ir para este jogo como uma final” e, apesar do favoritismo do FC Porto, “há chances para a outra equipa disputar esta taça” e, por isso, prometeu que a equipa se vai “agarrar a essa chance”.

“Sabemos que defrontamos uma equipa bastante forte, mas também temos do nosso lado uma grande alma, uma vontade enorme de poder disputar este jogo para ganhar e é isso que vamos fazer”, prometeu.

O técnico defendeu que “uma final é um jogo de detalhes, é um jogo também de alguma paciência e de alguma superação” e, por isso, frente ao “poderoso FC Porto”, Nuno Campos admitiu que a sua equipa vai “sofrer” e passar por “momentos difíceis”.

“Mas só com essa superação, só com essa união, só com essa verdadeira equipa podemos estar à altura de disputar a final para ganhar. Qualquer final é decidida em detalhes, qualquer final é decidida por um momento único no jogo e normalmente as finais são muito equilibradas, portanto, estamos preparados para sofrer, mas também estamos preparados para aproveitar as oportunidades que tivermos”, acrescentou.

Nuno Campos lembrou as passagens pelo Jamor, como adepto, como jogador e também como treinador adjunto e, agora, como técnico principal, assumiu que “é um privilégio” e essa foi a mensagem que disse ter passado aos atletas, que “pode ser só uma vez na carreira”.

“Quando entrarmos ali e começarmos a olhar em redor e vermos a envolvência toda do estádio, não há motivação que falhe e nós temos de nos concentrar nas nossas tarefas de forma a conseguir bater-nos com um campeão nacional, que é sempre algo difícil, mas que temos as nossas chances”, reforçou.

O técnico reconheceu ainda o “grande peso” que o seu antecessor, Pako Ayestarán, teve para esta final, uma vez que saiu do Tondela a oito jornadas do final do campeonato, e com a primeira ronda da meia-final para a Taça de Portugal, frente ao Mafra, alcançada, com uma vitória por 3-0.

“Estes jogadores estão cá desde o início, são eles que têm o grande mérito de ter chegado aqui e esta final é para eles usufruírem, mas para eles disputarem”, acrescentou, enquanto destacou a oportunidade que isso representa na vida dos atletas.

Isto, porque, defendeu, “pode mudar a carreira dos jogadores” e, por isso, “a vida é feita de oportunidades e eles têm de a agarrar com unhas e dentes”.

O Tondela terminou esta época a I Liga, à qual chegou em 2015, no 17.º lugar, em zona de despromoção, com 28 pontos, caindo, assim, para a II Liga.

No domingo, marca presença pela primeira vez na final da Taça de Portugal de futebol, pelas 17:15, no Estádio do Jamor, frente ao FC Porto, num jogo que será arbitrado por Rui Costa, da Associação de Futebol do Porto.