O presidente do Tondela disse hoje que é possível conquistar a Taça de Portugal, um dia depois de o clube da I Liga de futebol ter tido um momento histórico com a conquista de um lugar no Jamor.

“Se já é história estarmos no Jamor, pode também ainda haver mais história para escrever, assim eles queiram”, disse, à agência Lusa, Gilberto Coimbra, que defendeu que “no futebol tudo é possível e é um terreno muito fértil” em imprevisibilidades.

O presidente do clube disse que, depois do que assistiu esta quarta-feira, em que o Mafra, da II Liga, empatou em casa com o Tondela por 1-1, “tudo é possível, porque as finais também são muito propícias” a este tipo de surpresas.

“O Mafra agigantou-se frente ao Tondela de uma forma incrível. Nós fomos grandes, porque passámos à final, mas o Mafra foi enorme pela forma como enfrentou o Tondela e, transportando isto para uma final, pode acontecer o Tondela e os jogadores se agigantarem de uma forma fora do normal”, desejou.

Quanto ao adversário, que vai ser conhecido hoje, entre o FC Porto e o Sporting, Gilberto Coimbra foi perentório, “venha o diabo e escolha”, já que, entre estes dois “grandes” do futebol português, “um ou outro é igual”.

“É como se fosse David e Golias, portanto, não tem de se pensar. Um jogo é um jogo e como é uma final tudo pode acontecer. E nunca se sabe se, tal como na história de David e Golias, também o Tondela surpreenda”, sublinhou.

Gilberto Coimbra reconheceu ainda que, “à partida, seja o Sporting ou o FC Porto com o Tondela o resultado, de uma forma geral, está já sabido”, mas, reforçou, que “um jogo é um jogo e a esperança de que haja surpresas mantém-se viva”.

Presidente do Clube Desportivo de Tondela desde 2003, o dirigente já assistiu à subida da equipa à I Liga, da qual nunca desceu desde 2015, passou pela constituição da SAD Tondela e consequente venda de 80% do clube, luta por cumprir o sonho do centro de formação de futebol e, agora, vive este momento com uma “alegria e satisfação enormes”.

“O dia de ontem [quarta-feira] fica na história do clube e da Federação Portuguesa de Futebol, que registou o Tondela na final no Jamor. É uma data de festa, alegria e uma página em letras douradas que fica registada”, reconheceu.

E, acrescentou, “mais ainda quando o Tondela marca presença, pela primeira vez, no Jamor depois de dois anos, por causa da pandemia, sem haver jogos neste local histórico e icónico, um campo mítico no futebol” e, por isso, “é uma satisfação enorme para o clube e todos” os envolvidos.

“É mais uma página histórica para o clube, não é o Gilberto Coimbra, podia ser outro, mas é um trabalho de todos, da massa associativa, da direção, da equipa técnica, dos jogadores, de todos, e é para todos desfrutarem na final, porque é uma festa”, defendeu.

Entre todos os que Gilberto Coimbra disse querer ver no Jamor a assistir à final está o antigo treinador ‘auriverde’ Pako Ayestarán, que levou o clube às meias-finais, uma vez que ainda liderava a equipa técnica na primeira volta, na receção ao Mafra em que o Tondela venceu 3-0.

“Com toda a certeza que, pelo menos, o convite vai ser extensivo a ele, porque 80% deste feito foi trabalho do antigo treinador, o Pako Ayestarán, e com toda a certeza, querendo, o clube terá todo o prazer em que ele esteja presente, porque uma boa parte do trabalho foi dele”, reconheceu.

Agora, tendo em conta que se encontra em zona de despromoção e a quatro jornadas de acabar o campeonato, Gilberto Coimbra admitiu que os jogadores têm “de desligar o chip da Taça e focarem-se nas quatro finais que têm”.

“Dos 12 pontos possíveis, têm de fazer muitos para conseguirem a permanência na I Liga. O que irá acontecer com toda a certeza, como tem acontecido nos últimos anos”, reagiu, lembrando as últimas épocas em que o Tondela garantiu a presença no escalão superior na última jornada.

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