Jorge Jesus vai disputar na quarta-feira a 24.ª final da sua carreira com treinador principal de futebol e 12.ª, mais de cinco anos depois, ao serviço do Benfica, frente ao FC Porto, na Supertaça Cândido de Oliveira.

Entre Belenenses, Benfica, Sporting, Al Hilal e Flamengo, o técnico de 66 anos esteve em 23 ‘decisões’ e arrebatou 15 troféus, numa lista em que não entram, naturalmente, os campeonatos, provas de regularidade sem final.

Numa carreira com mais de três décadas, iniciada em 1989/90, ao serviço do Amora, Jesus já esteve em finais do Mundial de clubes, da Taça Libertadores, da Liga Europa, em dose dupla, e da Supertaça sul-americana.

A ‘grande’ vitória foi, indiscutivelmente, a conseguida na Taça Libertadores, a ‘Champions’ da América do Sul, ao comando dos brasileiros do Flamengo, que, em 23 de novembro de 2019, superaram os argentinos do River Plate por 2-1.

Em Lima, capital do Peru, na final da 60.ª edição da prova, o colombiano Rafael Santos Borre adiantou os ‘milionários’, aos 14 minutos, mas, sobre o final, quando tudo parecia perdido, um ‘bis’ do ex-benfiquista Gabriel Barbosa (89 e 90+1) virou o jogo.

No final de 2019, os cariocas, que só haviam arrebatado o principal título continental em 1981, ainda chegaram à final do Mundial de clubes, mas não puderam com um então ‘super’ Liverpool, vencedor por 1-0, após prolongamento.

Jesus falhou o título mundial, e essa foi a única grande final perdida pelo Flamengo, que transformou no melhor clube da América do Sul, ao juntar a Supertaça, face ao Independiente Del Valle (2-2 fora e 3-0 em casa), à Libertadores.

As mais importantes conquistas do técnico nascido na Amadora aconteceram pelo Flamengo, mas foi o Benfica o clube que levou a mais finais, num total de 11, em seis épocas, de 2009/10 a 2014/15, à média de quase duas por ano.

Em destaque, naturalmente, as duas consecutivas (2012/13 e 2013/14) na Liga Europa, nas quais o Benfica não foi feliz, perdendo para os ingleses do Chelsea e os espanhóis do Sevilha, respetivamente.

Em 15 de maio de 2013, em Amesterdão, um golo de Ivanovic, aos 90+3 minutos, custou um desaire por 2-1, depois de Cardozo anular de penálti, aos 68, o tento inicial de Fernando Torres, aos 59, e, em 14 de maio de 2014, em Turim, o desaire chegou no desempate por penáltis (2-4), depois de 120 minutos sem golos.

Na anterior passagem pela Luz, a sua primeira final foi com o FC Porto – como será na segunda – e o Benfica não deu hipóteses, vencendo por 3-0, com tentos de Rúben Amorim, Carlos Martins e Cardozo, no Algarve, em 21 de março de 2010.

Em 2010/11, o FC Porto ‘vingou-se’ e venceu a Supertaça, em Aveiro, mas Jesus não acabou a segunda época na Luz sem novo triunfo, conseguido na Taça da Liga, com um 2-1 ao Paços de Ferreira, selado por Jara e Javi Garcia.

Na época seguinte, o Benfica só esteve na final da Taça da Liga e voltou a arrebatar a prova, pela terceira época consecutiva, com mais um 2-1, agora face ao Gil Vicente, num embate decidido pelo argentino Javier Saviola, com um golo aos 83 minutos.

Em 2012/12, Jesus viveu vários pesadelos no final de época e tudo perder sobre o final, sendo que, depois do Chelsea – e de um célebre jogo no Dragão que Kelvin decidiu -, seguiu-se o Vitória de Guimarães, na final da Taça de Portugal.

Os vimaranenses ganharam por 2-1, com golos de Soudani (79 minutos) e Ricardo (81), depois de Gaitán adiantar as ‘águias’ (20). Foi o segundo desaire de Jesus no Jamor, depois do 0-1 com o Sporting, ao comando do Belenenses, em 2006/07, na primeira final da sua carreira, por culpa de Liedson (88).

Na época seguinte, ‘vingou-se’ no Rio Ave, que bateu por 2-0 na Taça da Liga e por 1-0 na Taça de Portugal, numa ‘saga’ que prosseguiu na Supertaça da época seguinte, desta vez decidida nos penáltis (3-2), depois de 120 minutos sem golos.

A última final da primeira passagem pelo Benfica aconteceu em 29 de maio de 2015, em Coimbra, com os ‘encarnados’ a imporem-se ao Marítimo por 2-1, com tentos do brasileiro Jonas e do holandês Ola John, que decidiu o encontro, aos 80 minutos.

Pelo Sporting, começou bem, vencendo precisamente o Benfica na Supertaça de 2015/16, com um tento do peruano Carrillo, mas, em 2017/18, depois de nova noite feliz na Taça da Liga, que ganhou pela sexta vez, face ao Vitória de Setúbal, nos penáltis, acabou da pior forma, com um 1-2 face ao Desportivo das Aves, no Jamor.

No estrangeiro, brilhou intensamente no Flamengo, saindo como grande ‘herói’ dos adeptos, mas, antes, no pouco tempo que esteve na Arábia Saudita, ainda conseguiu ganhar uma Supertaça, pelo Al Hilal, com um 2-1 ao Al Ittihad.

A 12.ª ‘final’ da Supertaça Cândido de Oliveira em futebol entre FC Porto e Benfica, correspondente à época 2019/20, realiza-se na quarta-feira, no Estádio Municipal de Aveiro, com início às 20:45, à porta fechada, devido à pandemia da covid-19.

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