O presidente da Roma, James Palotta, mostrou-se surpreendido com as declarações do ex-diretor desportivo do clube Ramón Rodríguez Verdejo 'Monchi', que abandonou o clube italiano na semana passada.

"O presidente queria ir para a direita e eu para a esquerda" declarou diante dos jornalistas o espanhol para justificar a sua saída do clube, num acordo anunciado no último dia 8 de março.

"Surpreendeu-me um pouco ler as declarações de Monchi na conferência de imprensa, onde disse que queríamos seguir caminhos diferentes", disse Palotta em declarações publicadas no site do clube.

"Desde o primeiro momento, fui muito claro sobre a direção que devíamos tomar e por isso gastámos muito dinheiro para trazer Monchi para trabalhar conosco".

"Desde o início ele disse que queria os melhores treinadores, os melhores técnicos, a melhor equipa médica, os melhores olheiros e a melhor organização de futebol. Dei a Monchi as chaves para conseguir isso. Dei 100% de poder para que escolhesse o treinador que quisesse (...) Se observarmos os resultados está claro que não funcionou", acrescentou.

"Em novembro, quando nossa temporada ia de mal a pior (...), eu pedi a Monchi um plano B para que não piorasse. (...) Ele respondeu-me que seu plano B era manter o plano A", criticou o dirigente.

"Então, quando leio ou oiço certas entrevistas nas quais ele garante que os proprietários do clube estavam a tomar uma direção diferente da sua, pergunto-me: o que Monchi queria fazer de maneira diferente?".

"Ele pediu que confiássemos nele e demos-lhe controlo total (do clube). Agora estamos com mais jogadores lesionados do que nunca e corremos o risco de não acabar nos três primeiros pela primeira vez desde 2014", concluiu o dirigente.

Monchi foi apresentado nesta segunda-feira como novo diretor desportivo do Sevilha, cargo que ocupou no clube andaluz entre 2000 e 2017, quando o deixou para tentar a aventura italiana.