O Ministério Público italiano pediu hoje um ano de suspensão para o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, e 11 meses para o do Nápoles, Aurelio de Laurentiis, acusados de fraude contabilística na transferência de futebolistas, crime que envolve mais equipas.

De acordo com a federação italiana (FIGC), ao todo são 11 clubes, cinco dos quais da Serie A, a principal divisão transalpina, os acusados pelo Ministério Público de terem “reconhecido mais-valias e direitos de transferências superiores aos devidos”.

Enquanto os clubes incorrem no risco de uma multa, os cerca de 60 dirigentes e agentes podem ser sancionados com uma pena que pode levar até à sua suspensão.

A Juventus é quem está em pior situação, pois o procurador pediu a suspensão de 10 dos seus dirigentes, pelos inúmeros casos de mais-valias registadas nas últimas épocas com a venda de jogadores por valores por vezes considerados sobrestimados em relação ao seu valor real de mercado.

O ano de suspensão para Agnelli nem foi a pena máxima pedida para a ‘vecchia signora’, uma vez que para o antigo diretor desportivo Fabio Paratici, agora no Tottenham, foram solicitados 16 meses e 10 dias, por ter sido responsável por 32 transações com avaliações consideradas inflacionadas.

O vice-residente Pavel Nedved foi ‘brindado’ com oito meses, enquanto foi pedida uma multa de 800.000 euros para o clube.

Quanto a Laurentiis, o procurador federal sugeriu 11 meses e cinco dias de suspensão, bem como 392.000 euros de multa para o Nápoles, segundo os media italianos devido à transferência do nigeriano Victor Osimhen do Lille, em 2020.

O futebolista foi contratado por 71,2 milhões de euros, valor que terá sido inflacionado para beneficiar os resultados financeiros anuais dos dois clubes.

Paralelamente, para baixar a fatura do negócio, o Nápoles vendeu aos gauleses quatro jogadores por cerca de 20 milhões de euros, valor sobreavaliado, uma vez que, por exemplo, três dos atletas evoluem atualmente nas divisões amadoras transalpinas.

A mulher do presidente, bem como os seus filhos Eduardo e Valentina, incorrem em suspensões de seis meses e 10 dias.

Sampdoria, Empoli e Génova são clubes que enfrentam igualmente penas por crimes semelhantes.

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