Sim, foram seis anos que passaram e marcaram a página mais bonita da história do futebol português. Portugal jogava a final do Campeonato da Europa no ‘Stade de France’, em Paris, e um pontapé canhão do ‘patinho feio’ deu o título tão aguardado desde 2004 aos portugueses.

A madrugada de 10 para 11 de julho significou uma resposta do “pequeno” povo lusitano à “grande” armada gaulesa dentro da crença de um engenheiro que levou 11 milhões à rua.

Dia 11 de julho de 2016 foi mesmo intitulado como “feriado” pelo patinho feio que virou bonito. Éder – ou Éderzito como também era conhecido – era jogador do Lille e quis o destino que desse a chapada de luva branca aos críticos franceses e portugueses.

De 2016 a 2022 muito futebol já correu, mas todos sabemos que em início de julho as memórias remetem-nos sempre para o “This One´s for you” de David Guetta e Zara Larsson. Fernando Santos ainda se mantém no comando da equipa das quinas, mas Éder anda um pouco mais desaparecido (se é que podemos dizer isso sobre o ponta de lança mais icónico da história do futebol nacional).
São 34 anos e um total de 103 golos em 480 jogos entre clubes e seleção. Um desses golos foi o mais importante da sua vida em França. Éder tinha na altura 28 anos – idade normal para a total afirmação de um avançado – e o auge de uma carreira não brilhante, mas com um brilho muito especial foi conseguido aí.

Com uma passagem larga pelo futebol português onde representou clubes como o SC Braga e o Académica de Coimbra, a primeira experiência internacional deu-se no Swansea, mas foi no Lille que encontrou a estabilidade necessária.

E a verdade é que, mesmo depois do icónico pontapé de fora da área que bateu Lloris, Éder conseguiu ‘não ser expulso´ do clube francês e ainda marcou 7 golos em 37 jogos na época de 2016/17.

Para termos uma noção, de acordo com o portal ‘Transfermarkt’, o valor de mercado mais alto atingido na carreira do avançado português foi de oito milhões de euros quando estava no SC Braga, em 2013. O tiro para a glória de 2016 não teve qualquer influência na avaliação do jogador, mas em 2022 são apenas 300 mil euros que batem a cláusula.

Um percurso de altos e baixos e que entrou em queda de há seis anos para cá. Depois do Campeonato da Europa, Éder só foi chamado à Seleção mais cinco vezes, e houve mesmo quem falasse em “dívida de gratidão”. A verdade é que, desde 2018, o herói nacional nunca mais foi convocado por Fernando Santos.

A passagem pelo Lokomotiv de Moscovo acabou por significar quase uma travessia no deserto com números pouco apelativos e um período de lesões mais complicadas em 2019/20. Só para termos uma noção, Éder marcou apenas 15 golos em cinco épocas na Rússia.

Mas o “patinho feio que virou bonito” nunca desistiu. Na época passada esteve no Al-Raed da Arábia Saudita onde marcou seis golos em 23 jogos. Os bons números estavam assim de regresso.
Quanto ao futuro, pouco se sabe. O internacional português terminou contrato com o clube do médio oriente e só no decorrer do mercado de transferências podemos saber a próxima etapa profissional de Éderzito.

A nível pessoal, o jogador é pai de dois filhos e é casado com a modelo belga Sanne Lopes. Se lhe perguntarem se este é o seu melhor golo, talvez seja dos poucos jogadores a mostrar-se reticente.
Veremos é se mais algum dia poderá haver uma página de ouro no futebol português assinada de novo pelo Éder. Pelo menos, seis anos acabaram de passar.

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