Rúben Dias foi o jogador escolhido pela FPF para fazer a antevisão do jogo entre Croácia e Portugal, na derradeira jornada da Liga das Nações. De recordar que Portugal já não vai conseguir um lugar na 'final four' da prova, depois de ter perdido no sábado, na Luz com a França, a equipa apurada nesta poule.

Estado de espírito: "Falamos sobre o que se passou com a França, estamos insatisfeitos por não estar na 'Final Four' mas futebol é isto. Quando estás no topo, as decisões são de detalhe, desta vez não sorriu para nós mas serviu de aprendizagem. Há que continuara a encarar tudo o que venha com confiança e personalidade como temos feito até agora

Motivação para este jogo: "Insatisfeitos nem é a melhor palavra. Mas este é mais um jogo para representar a Seleção e estamos felizes por vestir esta camisola. Em qualquer jogo, a motivação terá de ser o máximo. Não estamos aqui nas condições que queríamos [n.r.d. a lutar pelo apuramento] mas temos de encarar este jogo como confiança, temos de pensar mais a frente".

Críticas à exibição de Portugal com França: "Sinceramente, não vejo qualquer sentido nessa pergunta. Somos consistentes, especialmente na maneira de pensar. Não abanamos com o vento e não vamos conforme as pessoas exteriores à estrutura. Éramos, somos e seremos sempre uma equipa confiante e com muita qualidade, que quer muito ganhar. Seja qual fora circunstância, nunca deixaremos de o ser. Quando estamos no topo, para ganhar tudo, vamos lutar contra os melhores, e aí decide-se nos detalhes. Apesar da nossa ambição extrema, faz parte do futebol não ganhar sempre. Não foi o resultado que queríamos. Jogámos contra uma equipa muito forte, e há que saber que temos sempre coisas para melhorar. Mas estamos satisfeitos. Vai servir como uma aprendizagem para o que aí vem."

Importante dar outra imagem: "Quando há um mau resultado, existe algo extra dentro de nós. Somos uma equipa que quer ganhar sempre, que não gosta de perder. Quando temos um resultado menos positivo, o melhor que podemos fazer é ter um jogo logo a seguir para podermos voltar a fazer o que fazemos de melhor, que é ganhar. Será um jogo muito difícil, contra uma boa equipa, mas a nossa ambição é a mesma de sempre."

O que espera da Croácia: "Será um jogo difícil, eles são os vice-campeões do Mundo, mas estamos preparados, conhecemos bem os jogadores, já jogámos com eles várias vezes. O caráter do jogo é alerta máximo, a concentração tem de ser a maior assim como a ambição, senão não alcançamos o que queremos."

Croácia quer ganhar para não descer: "É algo que lhes diz respeito. É óbvio que é uma informação importante para nós, mas a nossa interpretação é alheia a isso. Encarar o jogo para ganhar ou ganhar seria sempre a solução."

Esforço extra com calendário apertado: "Vivemos tempos difíceis por causa da pandemia, o que obrigou a muitos esforços da parte de toda a gente. Nós, jogadores, também teremos de fazer esforços. Não é fácil, devido ao monte de jogos que tiveram que se juntar para que se possa cumprir todo o calendário. Será apertado, mas, enquanto jogador, cabe-me estar disponível para todos os jogos. Não é um cenário ideal."

Para a derradeira ronda, Portugal não vai contar com o lateral Raphaël Guerreiro, dispensado antes da viagem, devido a problemas físicos, nem com Renato Sanches, que já não tinha participado na derrota com a França.

Com um encontro por disputar no Grupo 3 da Liga das Nações A, a equipa das ‘quinas’ é segunda classificada, com 10 pontos, menos três do que os franceses. A Croácia e a Suécia, que visita a França, têm ambas três pontos e ainda lutam pela manutenção na Liga A da prova.

A partida entre Portugal e Croácia está marcada para terça-feira, às 19:45, no Estádio Poljud, em Split, e será dirigida pelo inglês Michael Oliver.

*Artigo atualizado