O selecionador nacional, Fernando Santos, deu esta quinta-feira a conhecer a lista de convocados de Portugal para os três jogos a realizar no mês de outubro, dois a contar para a Liga das Nações, frente a França e Suécia, e um ante a Espanha.

Em conferência de imprensa, o técnico explicou as suas opções e falou também do facto de os encontros ante Espanha e Suécia, em Alvalade, irem contar com adeptos no estádio.

Jogos com público

"O público é fundamental na sua presença no estádio, pelo que traz ao jogo, pelo seu apoio, em todas as circunstâncias. O futebol sem adeptos é futebol na mesma e aos poucos vamo-nos habituando, mas claro que, respeitando sempre todas as regras de saúde pública, acho obviamente que o futebol deve ter público. E espero que esta possibilidade dada à Federação tenha, depois, reflexo nos campeonatos".

Quatro mexidas em relação à convocatória anterior

"Não é por três ou quatro alterações que não é um grupo estável. Há um lote muito alargado de jogadores. Estou muito satisfeito com o comportamento daqueles que agora não vêm, mas entendi que para esta janela deveria optar por outros jogadores, mantendo as características essenciais. Se vêm outros é porque têm a mesma quaidade dos que saem: não têm nem mais, nem menos. Temos o nosso plano de jogo e, depois, depende também do adversário e das características dos jogadores que melhor se adequam a cada um".

Jogo da Espanha não servirá para fazer experiências

"Não podemos relativizar um jogo com a Espanha. Seria muito negativo relativizar um jogo entre duas seleções deste calibre. Claro que entre um jogo que não vale pontos e outro que vale, há de definir prioridades. Agora experiências, não vou fazer, tendo ainda assim obviamente em conta que teremos um jogo para a Liga das Nações três dias depois. Também é bom lembrar que vou ter mais substituições à disposição, o que nos dá outras nuances."

Nova geração de jogadores portugueses elogiada por Klopp

"É o refletir do trabalho que vem sendo feito em Portugal, primeiro nos clubes e, depois, aqui na Seleção, onde procuramos potenciar todo esse trabalho, dando tempo de maturação aos jogadores para explorarem todo o seu potencial"

Restam dois habituais titulares da Seleção a jogar em no campeonato português

"Claro que para o campeonato nacional seria bom, seria ótimo que eles estivessem cá todos. Mas para a seleção não faz grande diferença e para mim é natural que assim seja."

Rivalidade com Espanha

"Não está ao nível de um Argentina-Brasil ou de um Brasil-Uruguai. Acho que aqui não há essa questão. São duas grandes seleções e isso é o mais importante, embora haja, claro, a particularidade de ser quase um dérbi. O que espero é que seja um jogo de grande qualidade, como têm sido os últimos confrontos entre as duas seleções."

Pouco tempo para treinar, com três jogos para disputar

"Não é muito diferente do que tem sido. Já estou habituado. Os jogadores já vão chegar aqui com muitos jogos e há que saber resolver em pouco tempo algumas questões que são importantes, preparar algumas questões particulares sobre o adversário, como por exemplo a França, que costuma jogar com três centrais, algo que não estamos habituados a defrontar e, naturalmente, é preciso algum tempo de habituação. Outra questão é a recuperação dos jogadores quer mentalmente, quer fisicamente e esse é sempre um trabalho que se nos coloca."