“Foi feita meia justiça. Espero que as pessoas, quer as instituições, quer o gestor de insolvência, quer a massa insolvente, percebam de uma vez por todas que os únicos que têm vontade de resolver este assunto, comprar o estádio e pagar alguma coisa aos credores somos nós. Iremos lutar sempre até às últimas consequências para que possamos ter aqui a nossa casa novamente”, afirmou Paulo Lopo, aos jornalistas.

A SAD do Estrela da Amadora fez a proposta mais alta para a aquisição do complexo do Estádio José Gomes em leilão, que será sujeita a aprovação da comissão de credores, numa proposta de 750 mil euros pelo recinto e 1,5 milhões de euros (ME) pelo campo de treinos e Bingo, num total de 2,25 ME, abaixo do valor mínimo de venda, de 5,1 ME.

“É muito importante que as pessoas vejam que o Estádio e o Bingo não valem mais do que isto, pois ninguém dá mais do que isto. Até agora, sempre fomos os únicos, em 14 anos, que fizemos propostas. Estaremos à espera para poder chegar a entendimento, junto com a massa insolvente”, frisou o dirigente, no cargo há pouco mais de um mês.

Dado que a licitação apresentada foi inferior ao valor mínimo de venda de cada verba, a proposta da administração ‘estrelista’ terá de ser ainda sujeita à aprovação por parte da comissão de credores, tendo a direção apresentado um requerimento para poder continuar a usufruir do complexo, enquanto não houver decisão definitiva da compra.

“A minha convicção é que vai imperar o bom senso e acreditamos que a doutora juíza irá tomar as decisões mais acertadas, de forma a não prejudicar a massa insolvente ou o Estrela da Amadora. A nossa ambição sempre foi jogar no Estádio José Gomes, pois não nos passa pela cabeça outra coisa que não essa. Vamos lutar até ao fim”, realçou.

Paulo Lopo falou numa “meia vitória”, uma vez que ainda falta a aprovação da massa insolvente, mas defende que se devia chegar a um entendimento entre as duas partes.

“Se este imóvel só interessa ao atual Estrela da Amadora, então sentem-se connosco e negoceiem, que, se calhar, conseguimos chegar a um entendimento melhor para a construção de uma proposta que seja o mais agradável possível para ambos”, referiu.

Em relação ao investidor que compareceu no leilão e efetuou propostas para a compra do complexo, que não se quis identificar à comunicação social presente no local, Paulo Lopo não se mostrou surpreendido, mas salientou a sua vontade em vencer a licitação.

“Não sei quem foram, nem com que intenção foi, mas o mais importante foi que eu fiz perceber logo a toda a gente que hoje não saía daqui sem que a minha licitação fosse a maior”, expressou o dirigente, de 57 anos, que também já foi líder da SAD do Leixões.

Na primeira fase do leilão, tentou-se a venda dos bens na globalidade, com um valor mínimo de 5,1 ME, mas nenhuma licitação foi feita, o que levou à segunda fase, verba a verba. O estádio, com um valor mínimo de 2,1 ME, também não recebeu propostas.

Quando o recinto foi aberto para licitações abaixo do valor mínimo de venda, e depois de várias propostas, a SAD do Estrela da Amadora não encontrou resposta por parte do outro licitador quando ‘lançou’ o valor de 750 mil euros, o mesmo acontecendo na venda do campo de treinos e do Bingo, quando licitou 1,5 ME, depois de ninguém ter feito qualquer oferta com o valor mínimo fixado para esta verba, assente nos três ME.

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