A Oliveirense, da II Liga, demonstrou hoje “indignação” pela retoma da I Liga portuguesa de futebol, acusando o Governo de “incoerência” e de ter um “regime de exceção” para o escalão principal e a Taça de Portugal.

Em comunicado enviado à Lusa, com a salvaguarda de que o mesmo poderia ser alterado após a entrevista do primeiro-ministro, António Costa, hoje, às 20:45, os oliveirenses dizem que há “dois pesos e duas medidas para o futebol profissional em Portugal”, que se verificou um “cenário impossível” e que “o tema não pode passar em claro”.

“O Plano de Desconfinamento, aprovado em Conselho de Ministros, ignora a II Liga. Estamos a ser marginalizados. Somos futebol profissional e cumprimos os requisitos para competir da mesma forma que os clubes da I Liga. [O Plano] Não é coerente. Há um regime de exceção para a I Liga e Taça de Portugal. Ou paramos todos ou jogamos todos”, lê-se no comunicado assinado pelo presidente oliveirense, Horácio Bastos.

O emblema diz ainda não querer “uma competição no relvado e outra na secretaria” e pede igualdade e respeito pelos clubes, atletas, treinadores e sociedades desportivas.

“Queremos saber quem paga as despesas das sociedades desportivas da II Liga impedidas de ter receitas, ao contrário das da I Liga. A nossa indignação ganha solidez quando, no mesmo dia, em Espanha começaram a fazer testes aos elementos dos clubes da I e II Liga para que ambas voltem à ação. Está na hora de dignificarmos o futebol. Ou nos unimos hoje ou amanhã pode ser tarde. Não nos vão silenciar”, finaliza a nota.

Antes de a época ser suspensa, a formação de Pedro Miguel ocupava o 10.º lugar na classificação do escalão secundário do futebol nacional.

O Governo definiu hoje, no plano de desconfinamento da pandemia de covid-19, que a I Liga de futebol e a final da Taça de Portugal vão poder ser disputados, permitindo também desportos individuais ao ar livre.

A retoma da I Liga de futebol, a partir de 30 e 31 de maio, está sujeita a aprovação da Direção-Geral da Saúde (DGS) de um plano sanitário, anunciou o primeiro-ministro, explicando que os jogos vão realizar-se sem a presença de público nos estádios.

O reinício do futebol profissional está limitado ao principal escalão, com a II Liga a não receber ‘luz verde’ para poder retomar a competição.

Faltam disputar 90 jogos do principal escalão, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, assim como a final da Taça de Portugal, que vai opor Benfica a FC Porto.

Na altura da suspensão, Nacional e Farense ocupavam os dois lugares de subida na II Liga, com os madeirenses no primeiro lugar, com 50 pontos, mais dois do que os algarvios.

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