Depois do triunfo em casa frente ao Bayer Leverkusen, para a Liga dos Campeões, o FC Porto volta a centrar atenções na I Liga, com a visita ao Portimonense, em jogo da 9.ª jornada agendado para este sábado. Na antevisão à partida, Sérgio Conceição refletiu sobre a instabilidade da vida de um treinador, lamentando também os assobios que um jogador do plantel recebeu no último jogo.

Incerteza motivada pelos resultados: "Faz parte da vida do treinador e dos jogadores. Somos sempre postos à prova, no fundo, nos jogos. Nós, treinadores e jogadores, ainda no último jogo em casa, independentemente do bom jogo, senti desconforto do público perante um jogador. Não vai ser o último nem o primeiro e eu não serei o primeiro e o último a viver e a perceber essa exigência. É preciso haver algum equilíbrio nesse sentido, porque nos momentos bons toda a gente bate palmas. O importante é, nos momentos menos bons, fazermos a diferença".

Treinador vive numa situação mais frágil? "O treinador é que paga. Paga o insucesso. É a cara muitas vezes quando existe o sucesso, mas nunca atribuído ao treinador. São sempre outras pessoas que andam à volta da equipa que têm os louros, mas faz parte da intenção em atribuir isto ou aquilo. Estamos aqui para trabalhar. É verdade que não gosto de ver colegas serem despedidos ao fim de meia dúzia de jogos. É preciso estabilidade. Aqui no FC Porto não tenho nada a dizer, já passei momentos bons e menos bons, mas o presidente acredita no nosso trabalho. Ainda cá estou e sou o treinador mais antigo da 1.ª Liga."

FC Porto está mais perto do desejado?: "Andamos sempre à procura dessa solidez, desse estar permanentemente ligado e não ter esses altos e baixos. Esses baixos podem acontecer, mas que não nos levem a perder pontos. É importante essa solidez na equipa. Procuramos, com o trabalho diário, ser uma equipa forte, independentemente dos jogos que temos pela frente. Acho que é importantíssimo encontrar essa solidez e essa continuidade. Há três resultados possíveis num jogo, mas estamos mais perto do resultado que nos interessa, a vitória, se tivermos o espírito competitivo e estivermos sempre no máximo das nossas características."

Paragem foi importante para acertar aspetos táticos? "A paragem não foi nada fácil, porque coincidiu com um momento mau da equipa. Houve conversas entre mim e os jogadores nesse sentido, de perceber o que não estava a correr tão bem e detetámos algumas situações. Começámos a época de uma forma em que estruturalmente fomos mudando de sistema. As ações dos laterais mudaram e tivemos de voltar à base. A base, como sabem, foi voltar a um 4-2-4 clássico, com nuances diferentes, e isso foi essencial para sabermos o que estava a faltar. Acho que demos uma excelente resposta nos dois últimos jogos mas é preciso continuidade. Temos de continuar a ser perigosos no nível tático, mesmo que haja erros individuais".

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