Seis anos depois, o Portimonense dá o pontapé de saída no principal escalão do futebol português esta segunda-feira, com a receção ao Boavista. A última presença dos algarvios na Primeira Liga data de 2010/2011 – tinha subido no final da época anterior - acabando por descer juntamente com a Naval.

Seguiram-se seis temporadas na Segunda Liga, que terminaram com a subida à primeira divisão com nada mais, nada menos do que o ‘rei das subidas’ Vítor Oliveira. Um ano antes já havia ficado ‘à porta’ da Primeira Liga, mas foi pela batuta do técnico matosinhense que os algarvios carimbaram a presença na primeira divisão, a 15.ª na história do clube.

Vítor Oliveira, que com o Portimonense alcançou a 10.ª subida à Liga e a quinta consecutiva da sua carreira, raramente continuou ao serviço da equipa pela qual subiu de escalão, mas acabou por assumir a continuidade no clube onde terminou a carreira de jogador e deu início à de treinador em 1985/86.

Em conferência de imprensa, o técnico recusou falar em ansiedade na equipa pela estreia na Primeira Liga.

“Ansiedade? Não. Sinto uma vontade grande de se estrearem. A maior parte dos nossos jogadores não tem experiência na Liga, mas tem muita experiência em termos de futebol. A nossa equipa terá de ser inteligente para suprir alguma falta de experiência”, referiu o treinador.

Durante a pré-época, foram dispensados Zambujo, Ivo Nicolau, Buba, Hudson, Luís Mata, Fidelis Irhene e Gleison. Por outro lado, chegaram ao clube Hackman (ex-Desportivo das Aves), Rúben Fernandes (ex-Sint-Truiden), Felipe Macedo (ex-Góias), Rui Costa (ex-Varzim) e Inácio dos Santos, cedido pelo FC Porto a título de empréstimo.

Vítor Oliveira salienta que o plantel ainda não está fechado e que continua no mercado à procura de reforços.

“Não vamos alegar que falta este ou outro. Preparámo-nos com estes jogadores para ter um bom desempenho. Toda a gente sabe, dentro e fora do clube, que precisamos de reforços, mas para ir buscar jogadores por ir buscar não vale a pena. Terão de ser melhores ou potencialmente melhores do que aqueles que cá temos”, vincou.

A campanha de pré-temporada, de resto, não correu de feição ao emblema algarvio, somando apenas duas vitórias com o Varzim (2-1) e Farense (2-0) e cinco derrotas com o Marítimo (4-1), Sheffield Wednesday (1-0), Louletano (2-1), Vitória de Guimarães (7-5, no desempate por penáltis depois de um empate 3-3 no final do tempo regulamentar) e FC Porto (5-1).

Para além dos resultados menos positivos, os algarvios viram-se confrontados com o afastamento de Pires, melhor marcador da Segunda Liga na época transata, que fraturou o maxilar no confronto com o Sheffield Wednesday, orientado pelo português Carlos Carvalhal, lesão que o afastou do início da temporada.