Rúben Amorim preferiu colocar água na fervura face ao bom arranque do Sporting na I Liga, analisando o último encontro frente ao Gil Vicente.

Jogo com o Gil

"Vamos aprendendo com os jogos e vamos tirar ilações do último jogo. Enquanto equipa técnica, vimos o jogo, e o que vimos foram precipitações com a bola, mas foi o jogo onde sofremos menos ataques. Fala-se muito de uma má exibição do Sporting, uma grande exibição do Gil Vicente, mas a verdade é que o jogo é atacar e defender e, nesse aspeto, não demos hipóteses ao Gil para fazer quase ataques. Sofremos num lance de bola parada. Agora, no ataque, podemos ter mais qualidade, mais calma com a bola, mais paciência. Mas é bom ver que já olham para o Sporting de outra forma. Mesmo quando não deixa o adversário atacar, o Sporting já precisa de fazer mais e precisa de dominar mais os jogos. Controlámos o jogo, não dominámos porque não tivemos muitas oportunidades, mas tivemos, de longe, mais oportunidades que o Gil Vicente. Foi o jogo onde sofremos menos ataques e não me lembro de nenhuma grande oportunidade deles."

Mesmo onze há três jogos. Armas para os adversários?

"Sou um treinador jovem, mas já sou do tempo em que antigamente era bom era criar habituação nos mesmos jogadores e que era mau estar sempre a mudar. Agora é ao contrário. Temos de viver de acordo com as nossas convicções. Não acho que o Sporting jogue sempre da mesma maneira. Se joga da mesma maneira, está a funcionar. Em relação ao onze, vamos mudando consoante os adversários. Não sei que onze vai sair amanhã, mas por vezes a culpa não são dos que entram, são dos que estão a jogar. Se entendo que eles podem fazer um bom trabalho frente aquele adversário, mantenho-os. Não sou revolucionário, não sou de vincar o meu ponto de vista. Só quero ganhar jogos, é o meu único objetivo e tento escolher os jogadores para isso. Vai  haver fases em que vamos mudar mais, outras menos."

Memórias de Rúben Amorim de Pako Ayestarán no Benfica era preparador físico

"Quando fui para o Benfica, foi a primeira vez que entrei num ginásio para trabalhar com alguém que percebia bem do ginásio. Seria muito melhor jogador se tivesse apanhado o Pako antes. Era uma pessoa muito à frente do seu tempo nesse aspeto. Como treinador, não tenho nenhuma recordação porque ele era responsável pela parte física, porque o treinador era o Quique Flores. Não conheço as suas ideias como treinador. Conheço o Tondela, porque estudámos a equipa, mas não há qualquer facilidade por isso. O Tondela vem jogar motivado e sem responsabilidade no resultado. Tivemos problemas com o Gil Vicente e queremos melhorar o jogo da equipa."