O futebolista internacional português Ricardo Quaresma pediu hoje que se evite "espalhar notícias falsas" e se sigam as recomendações das autoridades de saúde no âmbito do combate à pandemia de covid-19.

"Sei que muitos estão com medo, mas não deixem que alguns se aproveitem do vosso medo para espalharem notícias falsas. Esta batalha não se ganha nas redes sociais. Esta batalha ganha-se na forma como cumprimos o que nos é pedido por quem sabe", escreve o jogador do Vitória de Guimarães, da I Liga portuguesa de futebol, em mensagem publicada na rede social Facebook.

Essa mesma rede já confirmou que, no segundo trimestre deste ano, eliminou sete milhões de mensagens e "etiquetou com advertência" outras 98 milhões, por "desinformação" relacionada com o novo coronavírus.

Ciente de que "muitos estão a passar dificuldades", o futebolista, de 37 anos, salienta que os cidadãos não se podem "virar uns contra os outros", num momento que não é "fácil para ninguém", e agradeceu o trabalho realizado pelos profissionais de saúde.

"Os nossos treinadores são aqueles que estudaram medicina e ciência, são eles que nos vão valer nesta pandemia. Os nossos heróis são os médicos, os enfermeiros e todo o pessoal que está na linha da frente. A todos eles o meu muito obrigado por tudo o que estão a fazer", reiterou.

Convicto de que a população vai "resistir" à pandemia, se todos fizerem a sua parte, Ricardo Quaresma assume o desejo de rever os estádios de futebol "cheios de adeptos a apoiarem as suas equipas", nos "anos de carreira" que lhe restam.

"Quando nós formos velhinhos, gostava que todos pudessem recordar estes tempos que vivemos com orgulho pela forma como vencemos. Não me deixem ficar mal, prometi ao meu filho que ia voltar a gritar pelo pai no estádio", revelou.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.360.914 mortos resultantes de mais de 56,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.762 pessoas dos 249.498 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.