Em entrevista à TVI, Pinto da Costa mostrou-se uma vez mais crítico relativamente à falta de público nos estádios. Segundo o presidente do FC Porto, a impossibilidade de existirem adeptos nas bancadas resultou em prejuízos no valor de 29 milhões de euros aos cofres do clube.

Sente-se sozinho na luta para levar adeptos aos estádios? "Quando falo com alguém, todos me dão razão. Até pessoas responsáveis me dizem que é incompreensível. Temos aqui uma série de camarotes, não podem estar aqui meia dúzia de pessoas? Quando em Guimarães vimos que estiveram aquelas pessoas todas. O FC Porto já perdeu 29 milhões em receitas de bilheteira. Se calhar alguns até dá jeito que não tenham adeptos. Se eu tivesse aqui adeptos a insultar-me, se calhar não os queria cá. Não estou a falar em ninguém em concreto, estou a falar num cenário hipotético."

Futebol sem adeptos: "Acho que é incompreensível. Temos aqui camarotes para as famílias, que não podem vir cá, mas podem ir ao cinema ou ao restaurante. Quem me tem acompanhado nesta luta é o presidente da Liga e o presidente da FPF."

Críticas a António Costa: "Eu não critico o António Costa. Quando falo no primeiro-ministro não é globalmente. Não tenho guerra nenhuma com ele, tenho a maior cordialidade sempre nos encontros que temos, temos sempre uma conversa afável. Em termos governamentais é óbvio que não posso estar de acordo com todas as ações, mas a mim não me compete publicamente questionar ou opinar sobre a ação do primeiro-ministro. Numa altura de uma crise, como estamos, devemos de estar todos unidos para salvar o país. Agora na política do futebol discordo totalmente. O FC Porto pagou em impostos desde o início da pandemia cerca de 20 milhões. Em Itália baixaram mais de 30% os impostos no futebol, devido à pandemia. Não seria uma injustiça. Sabe quantos funcionários o FC Porto tem? 572 pessoas que vivem de um salário do FC Porto."